Naquela tarde, fora montada uma grande lona na Praça central, de nossa cidade, e a criançada curiosa ia e vinha querendo saber o que iria acontecer naquelas pastagens. Da minha janela pude ver caminhões chegando com caixas sendo retiradas de um lado pra outro.
A minha prima Cristina , que não era nada curiosa, pra não dizer o contrário. Não resistiu à tamanha curiosidade, e foi até lá perto ver do que se tratava..
A sua irmã tentou puxá-la para dentro de casa, mas não teve jeito. lá foi ela...toda rebolativa... quero saber o que está passando por aqui. E, se foi, com cara de reportagem falada, como disse minha mãe, num tom de que "se ela não fosse , quem ia seria eu" . Ficamos debruçadas na janela tomando conta de longe.
A Cristina chegou lá... espiou, e deu de cara com um segurança, que a perguntou: O que ela queria?
- Nada não.
- Não é isso que tá parecendo, disse ele.
- Bem, disse ela: É que eu moro ali naquela casa grande, apontando para a nossa direção... e vi chegando essa trenquera de coisas aqui, gostaria de saber do que se trata?
-Sorrindo, o jovem respondeu: Não posso dizer agora!
-Oras... se você não quer dizer... tudo bem... eu vou descobrir sózinha mesmo... Num preciso de ninguém pra me mostrar as coisas que quero saber...
Disse isso, e já foi andando pra dentro da lona...ao que sentiu que lhe foi puxada pelo braço... começando a gritar: Me solta...
Nesse momento, meu tio Miguel, que da porta da casa de meu avô, a vira entrando resolvera ir atrás, e quando viu o marmanjo puxá-la pelo braço, trepou em suas costas, mandando que a largasse...Imaginem a cena: e a gritaria se deu...O jovem bem mais forte que meu franzino tio, deu-lhe uma gravata, e o derrubou no chão, sem contudo soltar minha prima.Nesse momento a confusão já se instalara ao redor... meu primos, iam chegando aos bandos...e seus amigos, pularam nas costas do grandalhão, que já era auxiliado pelos colegas de serviço também....O dono da companhia, ouvindo os ruídos deu um grito, mandando que se acabasse a confusão, e, até uma força policial, já estava no local...tentando apartar o tumulto.Cachorros latiam...mulheres gritavam...a minha prima que conseguira se soltar do segurança, pulara nas costas dele também... e meu tio quase ofegando por socorro... tinha meio palmo de língua pra fora da boca.
Bem... confusão esclarecida... ninguém quis ir dar queixa na Delegacia de Polícia..embora meu tio Miguel estivesse machucado e escoriado devido ao tombo.
Minha mãe, vinha chegando, e eu atrás dela...a Joanita atrás de mim... o Luiz ao lado... o Washington, com seu jeito de advogado traçava planos para colocar um processo em cima da Companhia...etc... até o Padre estava no local com as mãos pra cima clamando:Ave Maria.
Depois de tudo esclarecido, permitiram que a Cristina, que não iria embora sem antes se informar de tudo o que existia ali... conseguiu entrar e ver o material de cinema... as fitas e revistas de artistas...
O Prefeito da cidade, havia preparado uma surpresa pelo dia do aniversário da cidade, convidara essa companhia para exibir fitas de Mazaroppi, e Grande Otelo que ele vira em Salvador...
Claro , que na hora da exibição, estavamos todos lá... na primeira fileira.
Inclusive meu tio Miguel que embora de cara feia, ainda olhava para o segurança, e prometia revanche...Como é que podeee??? kikikiiii
Minha homenagem é ao ator:
Minha homenagem é ao ator:
Grande Otelo - artista que hoje completaria 97 anos de vida.
Há 97 anos nascia Grande Otelo
Grande Otelo, pseudônimo de Sebastião Bernardes de Souza Prata (Uberlândia, 18 de outubro de 1915 — Paris, 26 de novembro de 1993) foi um ator, comediante, cantor e compositor brasileiro. Grande artista de cassinos cariocas e do chamado teatro de revista, participou de diversos filmes brasileiros de sucesso, entre os quais as famosas comédias nas décadas de 1940 e 1
Grande Otelo, pseudônimo de Sebastião Bernardes de Souza Prata (Uberlândia, 18 de outubro de 1915 — Paris, 26 de novembro de 1993) foi um ator, comediante, cantor e compositor brasileiro. Grande artista de cassinos cariocas e do chamado teatro de revista, participou de diversos filmes brasileiros de sucesso, entre os quais as famosas comédias nas décadas de 1940 e 1
950, que estrelou em parceria com o cômico Oscarito, e a versão cinematográfica de Macunaíma, realizada em 1969.
O início do cinema no Brasil
A primeira exibição de cinema no Brasil aconteceu em 8 de julho de 1896, no Rio de Janeiro, por iniciativa do exibidor itinerante belga Henri Paillie. Naquela noite, numa sala alugada doJornal do Commercio, na Rua do Ouvidor, foram projetados oito filmetes de cerca de um minuto cada, com interrupções entre eles e retratando apenas cenas pitorescas do cotidiano de cidades da Europa. Só a elite carioca participou deste fato histórico para o Brasil, pois os ingressos não eram baratos [4]. Um ano depois já existia no Rio uma sala fixa de cinema, o "Salão de Novidades Paris", de Paschoal Segreto [5].
Os primeiros filmes brasileiros foram rodados entre 1897-1898. Uma "Vista da baia da Guanabara" teria sido filmado pelo cinegrafista italiano Afonso Segreto (irmão de Paschoal) em 19 de junho de 1898, ao chegar da Europa a bordo do navio Brèsil - mas este filme, se realmente existiu, nunca chegou a ser exibido. Ainda assim, desde os anos 1970, 19 de junho é considerado o Dia do Cinema Brasileiro. Hoje em dia, os pesquisadores consideram que os primeiros filmes realizados no Brasil são "Ancoradouro de Pescadores na Baía de Guanabara" [6][7], "Chegada do trem em Petrópolis" [8], "Bailado de Crianças no Colégio, no Andaraí" [9] e "Uma artista trabalhando no trapézio do Politeama" [10][11].
[editar]Estruturação do mercado exibidor: 1907-1910
A estruturação do mercado exibidor de cinema no país acontece entre 1907 e 1910, quando o fornecimento de energia elétrica no Rio e São Paulo passa a ser mais confiável (inauguração da usina de Ribeirão das Lajes). Em 1908 já havia 20 salas de cinema no Rio, boa parte delas com suas próprias equipes de filmagem. Exibiam filmes de ficção das companhias Pathé e Gaumont (França), Nordisk (Dinamarca), Cines (Itália), Bioskop (Alemanha), Edison, Vitagraph e Biograph (EUA), complementados por "naturais" (documentários) realizados na cidade poucos dias antes (como "A chegada do Dr Campos Sales de Buenos Aires", "A parada de 15 de novembro" ou "Fluminense x Botafogo").
[editar]Primeiros filmes "posados" e "cantados": 1906-1908
Os primeiros filmes "posados" (isto é, de ficção) feitos no Brasil eram em geral realizados por pequenos proprietários de salas de cinema do Rio e São Paulo, sendo frequentemente reconstituições de crimes já explorados pela imprensa: o média "Os Estranguladores", de Francisco Marzullo (1906), o primeiro sucesso, com mais de 800 exibições no Rio; "O Crime da mala", deFrancisco Serrador (São Paulo, 1908) e "Noivado de Sangue", de Antonnio Leal (Rio, 1909). Mas há também comédias, como o curta "Nhô Anastácio chegou de viagem", de Marc Ferrez (1908).
Referências:
ResponderExcluirNão basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la.
Mas que confusão!!!
ResponderExcluirBeijos..