Hippolyte Léon Denizard Rivail (Lyon, 3 de outubro de 1804 — Paris, 31 de março de1869) foi educador, escritor e tradutor francês. Sob o pseudônimo de Allan Kardec,[1]notabilizou-se como o codificador[nb 1] do espiritismo (neologismo por ele criado), também denominado de Doutrina Espírita.
Um homem como muitos outros...
Um ser humano voltado para as preocupações da sua época, um simples professor de muitas falas , e muitas disciplinas.
Ele revolucionara em sua época os estudos de diversas disciplinas, e a forma pedagógica de lecionar na França.
As matérias que lecionou como pedagogo são: Química, Matemática, Astronomia, Física, Fisiologia, Retórica, Anatomia Comparada e Francês.[11]
A juventude e a atividade pedagógica
Nascido numa antiga família de orientação católica com tradição na magistratura e na advocacia, desde cedo manifestou propensão para o estudo das ciências e da filosofia.
Aos dezoito, bacharelou-se em Ciências e Letras.
Concluídos os seus estudos, o jovem Rivail retornou ao seu país natal. Profundo conhecedor dalíngua alemã, traduzia para este idioma diferentes obras de educação e de moral, com destaque para as obras de François Fénelon, pelas quais manifestava particular atração. Conhecia a fundo os idiomas francês, alemão, inglês e holandês, além de dominar perfeitamente os idiomas italiano e espanhol.
Era membro de diversas sociedades, entre as quais da Academia Real de Arras, que, em concurso promovido em 1831, premiou-lhe uma memória com o tema "Qual o sistema de estudos mais de harmonia com as necessidades da época?".[8]
Nesse período, preocupado com a didática, criou um engenhoso método de ensinar a contar e um quadro mnemônico da História de França, visando facilitar ao estudante memorizar as datas dos acontecimentos de maior expressão e as descobertas de cada reinado do país.
Frases célebres de Kardec:
Citações
- "A Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva do futuro. A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade. O estado das almas depois da morte não é mais um sistema, porém o resultado da observação. Ergueu-se o véu; o mundo espiritual aparece-nos na plenitude de sua realidade prática; não foram os homens que o descobriram pelo esforço de uma concepção engenhosa, são os próprios habitantes desse mundo que nos vêm descrever a sua situação."[16]
- A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade; ela exclui todo pensamento de egoísmo e de orgulho;é por isso que Jesus toma a criança como símbolo dessa pureza , como a tomou por símbolo de humildade.Allan Kardec
- Para mim, um homem é um homem, isto apenas! Meço seu valor por seus atos, por seus sentimentos, nunca por sua posição social. Pertença ele às mais altas camadas da sociedade, se age mal, se é egoísta e negligente de sua dignidade, é, a meus olhos, inferior ao trabalhador que procede corretamente, e eu aperto mais cordialmente a mão de um homem humilde, cujo coração estou a ouvir, do que a de um potentado cujo peito emudeceu. A primeira me aquece, a segunda me enregela.Allan Kardec
Mensagem:
Conte Comigo....
Conte comigo, mesmo sem contar a mim tanta coisa que lhe pesa no coração, que lhe amargura e resseca o fundo d'alma.
Conte, nas horas mais abandonadas da vida, quando o olhar, vagando em derredor, só divisar deserto.
Conte comigo, mesmo sem vontade de contar com ninguém ou certo de que não vale a pena contar com mais ninguém, nesta vida.
Conte comigo, devagarinho, deixando que a boa vontade vá dizendo, sem nada forçar, à medida em que acreditar.
Conte, durante as agonias, que, de um tempo para cá, não deixam em paz seu cansado coração, pois o bom da vida consiste em encontrar um amigo.
Conte, nas horas inesperadas, quando as tempestades despregam repentinas e tombam por cima da sua cabeça triste.
Conte comigo, para re-aprender a cantar, durante a vida, e a viver de serenas e pequeninas felicidades.
Conte comigo, para eu ajudá-lo a ter rosto bom e quieto, ao menos na presença dos filhinhos menores, que vivem dos rostos abertos.
Conte, para auxiliá-lo no amargo carregamento da cruz.
Conte comigo, para ficar sabendo, de experiência, que há na vida muita coisa linda, coisa escondida, prêmio de quem se venceu na dor.
Conte, para triunfar, no ritmo vagaroso do dever, na cadência da paz diária, aprendendo a teimar com as teimas da vida madrasta.
Conte, que são largos os caminhos da vida, esperando os passos duplos de dois amigos que vão, na direção da conversa.
Conte comigo, para saber olhar ao alto, buscando a face de um Pai.
Conte, mesmo para não se entregar aos desânimos e desencantos, de quem anda cheia da vida, do começo ao fim.
Conte comigo, que venceremos juntos, anjo da guarda com seu pupilo.
Conte, que a vida tem ser bela, criando nós as belezas, de dentro para fora, obrigação do coração, missão da Fé.
Conte comigo, conte sempre, teimando com você mesmo, que não quer saber de mais nada, ofendido que foi, descrente que anda.
Conte quando, olhando para a frente, não sente vontade de andar; olhando para trás, tem medo do caminho que andou.
Conte comigo, para que tenha valor e beleza cada passo seu, cada dia da vida, cada hora dentro de cada dia.
Conte, conte mesmo, sabendo que Deus me deu a missão de fazer companhia aos desacompanhados corações dos homens. Allan Kardec
Tendo ele nascido, no seio de uma antiga família de magistrados e advogados. Foi educado na Escola de Pestalozzi, em Yverdum, Suíça, tornou-se um de seus discípulos mais eminentes.
Foi membro de várias sociedades sábias, entre as quais a Academie Royale d'Arras. De 1835 à 1840, fundou em seu domicílio cursos gratuitos, onde ensinava química, física, anatomia comparada, astronomia, etc.
Dentre suas inúmeras obras de educação, podemos citar: "Plano proposto para a melhoria da instrução pública" (1828); "Curso prático e teórico de aritmética (Segundo o método de Pestalozzi)", para uso dos professores primários e mães de família (1829); "Gramática Francesa Clássica" (1831); "Programa de cursos usuais de química, física, astronomia, fisiologia"(LYCÉE POLYMATIQUE); "Ditado normal dos exames da Prefeitura e da Sorbonne", acompanhado de "Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas (1849).
Por volta de 1855, desde que duvidou das manifestações dos Espíritos, Allan Kardec entregou-se a observações perseverantes sobre esse fenômeno, e, se empenhou principalmente em deduzir-lhe as conseqüências filosóficas.
Nele entreviu, desde o início, o princípio de novas leis naturais; as que regem as relações do mundo visível e do mundo invisível; reconheceu na ação deste último uma das forças da Natureza, cujo conhecimento deveria lançar luz sobre uma multidão de problemas reputados insolúveis, e compreendeu-lhe a importância do ponto de vista religioso.
As suas principais obras espíritas são: "O Livro dos Espíritos", para a parte filosófica, e cuja primeira edição surgiu em 18 de Abril de 1857; "O Livro dos Médiuns", para a parte experimental e científica (Janeiro de 1861); "O Evangelho Segundo o Espiritismo", para a parte moral (Abril de 1864); "O Céu e o Inferno", ou "A Justiça de Deus segundo o Espiritismo" (Agosto de 1865); "A Gênese, os Milagres e as Predições (Janeiro de 1868); "A Revista Espírita", jornal de estudos psicológicos.
Allan Kardec fundou em Paris, a 1º de Abril de 1858, a primeira Sociedade Espírita regularmente constituída, sob o nome de "Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas".
Casado com Amélie Gabrielle Boudet, não teve filhos.
Trabalhador infatigável, desencarnou no dia 31 de março de 1869, em Paris, da maneira como sempre viveu: trabalhando. ("Obras Póstumas", Biografia de Allan Kardec, edição IDE)
Assim viveu esse senhor, que embora tenha sido perseguido em sua jornada, jamais deixou de testemunhar o amor de Deus - a seus filhos...e buscou a sabedoria de seus ensinamentos, para dizer ao mundo que só o amor nos edifica, e nos constrói no caminho da ascenção à luz divina, que por certo um dia trilharemos!!
Referências:
1- http://pt.wikipedia.org/wiki/Allan_Kardec
2- http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%B3lmen
3- http://pensador.uol.com.br/autor/allan_kardec/
4- http://www.mensagemespirita.com.br/md/allan-kardec/conte-comigo
5- http://www.imitacaodecristo.com.br/?origem=6
6- http://www.institutoandreluiz.org/allan_kardec.html
7- http://tradutor.sensagent.com/d%C3%B3lmem/pt-fr/
8- http://www.campu-tondu.com/English--the%20area.phtml
9- http://www.prehistory.it/sitoininglese/proto-storia/archeo-astr_sarda/archeo-astr_sarda2.htm
Os locais de sepultamento em épocas passados eram por assim chamados...Local de refúgio da alma e do corpo: dolmem
Moradores da cidade visitando a Pedra de Dolmén, Anicuns.
No entanto, recentemente na cidade de Senador Pompeu Ceará distante 280 km de Fortaleza foi encontrado pelo pesquisador Valdecy Alves umDólmen numa localidade chamada de Pedras Grandes.
Dolmen Sa Coveccada
Por que Kardec nasceu com essa missão?
A FRANÇA NO SÉCULO XVIII - A independência americana acendera o mais vivo entusiasmo no ânimo dos franceses, humilhados pelas mais prementes dificuldades, depois do extravagante reinado de Luís XV.
O luxo desenfreado e os abusos do clero e da nobreza, em proporções espantosas, haviam ambientado todas as idéias livres e nobres dos enciclopedistas e dos filósofos, no coração torturado do povo. A situação das classes proletárias e dos lavradores caracterizava-se pela mais hedionda miséria. Os impostos aniquilavam todos os centros de produção, salientando-se que os nobres e os padres estavam isentos desses deveres. Desde 1614, não mais se haviam reunido os Estados-Gerais, fortalecendo-se, cada vez mais, o absolutismo monárquico.
De nada valera o esforço de Luís 16 convidando os espíritos mais práticos e eminentes para colaborar na sua administração, como Turgot e Malesherbes. O bondoso monarca, que tudo fazia para reerguer a realeza de sua queda lamentável, em virtude dos excessos do seu antecessor no trono, mal sabia, na sua pouca experiência dos homens e da vida, que uma nova era começava para o mundo político do Ocidente, com transformações dolorosas que lhe exigiriam a própria vida.
Reunidos em maio de 1789 os Estados-Gerais, em Paris, explodiram os maiores desentendimentos entre os seus membros, não obstante a boa vontade e a cooperação de Necker, em nome do Rei. Transformada a reunião em Assembléia Constituinte, precedida de numerosos incidentes, inicia-se a revolução instigada pela palavra de Mirabeau.
ÉPOCA DE SOMBRAS - Derrubada a Bastilha, em 14 de julho de 1789 e após a célebre Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, uma série de reformas se verifica em todos os departamentos da vida social e política da França.
Aquelas renovações, todavia, preludiavam os mais dolorosos acontecimentos. Famílias numerosas aproveitavam a trégua, buscando o acolhimento de países vizinhos, e o próprio Luis 16 tentou atravessar a fronteira, sendo preso em Varenas e reconduzido a Paris.
Um mundo de sombras invadia as consciências da França generosa, chamada, naquela época, pelo plano espiritual, ao cumprimento de sagrada missão junto à Humanidade sofredora. Cabia-lhe tão somente aproveitar as conquistas inglesas, no sentido de quebrar o cetro da realeza absoluta, organizando um novo processo administrativo na renovação dos organismos políticos do orbe,, de acordo com as sábias lições dos seus filósofos e pensadores.
Todavia, se alguns espíritos se encontravam preparados para a jornada heróica daquele fim de século, muitas outras personalidades, infelizmente, espreitavam na treva o momento psicológico para saciar a sede de sangue e de poder. Foi assim que, depois de muitas figuras notáveis dos primórdios revolucionários, surgiram espíritos tenebrosos, como Roberpierre e Marat. A volúpia da vitória generalizou uma forte embriaguez de morticínio no ânimo das massas, condizindo-as aos mais nefastos acontecimentos.
CONTRA OS EXCESSOS DA REVOLUÇÃO - A Revolução Francesa, desse modo, foi combatida imediatamente pelas outras nacionalidades da Europa, que, sob a orientação de Pitt, Ministro da Inglaterra, sustentaram contra ela, e por largos anos, uma luta de morte.
A Convenção Nacional, apesar das garantias que a Constituição de 1971 oferecia à pessoa do Rei, decretou-lhe morte na guilhotina, verificando-se a excecução aos 21 de janeiro de 1793, no local da atual Praça da Concórdia. Em vão, tenta Luis XVI justificar sua inocência ao povo de Paris, antes que o carrasco lhe decepasse a cabeça. As palavras mais sinceras afluem-lhe aos lábios, suplicando a atenção dos súditos, numa onda de lágrimas e de sentimentos que lhe burburinhavam no coração, não obstante a sua calma aparente. Renovam-se as ordens aos guardas do cadafalso e rufam os tambores com estrépito, abafando as suas afirmativas.
A França atraía para si as mais dolorosas provações coletivas nessa torrente de desatinos. Com a influência inglesa, organiza-se a primeira coligação européia contra o nobre país.
Mas, não somente nos gabinetes administrativos da Europa se processavam providências reparadoras. Também no mundo espiritual reunem-se os gênios da latinidade, sob a bênção de Jesus, implorando a sua proteção e misericórdia para a grande nação transviada. Aquela que fora a corajosa e singela filha de Domrémy volta ao ambiente da antiga pátria, à frente de grandes exércitos de Espíritos consoladores, confortando as almas aflitas e aclarando novos caminhos. Numerosas caravanas de seres flagelados, fora do cárcere material, são por ela consuzidos às plagas da América, para as reencarnações regeneradoras, de paz e de liberdade.
O PERÍODO DO TERROR - A lei das compensações é uma das maiores e mais vivas realidades do Universo. Sob as suas disposições sábias e justas, a cidade de Paris teria de ser, ainda por muito tempo, o teatro de trágicos acontecimentos. Foi assim que se instalou o hediondo tribunal revolucinário e a chamada junta de salvação pública, com os mais sinistros espetáculos do patíbulo. A consciência da França viu-se envolvida em trevas espessas. A tirania de Robespierre ordenou a matança de numerosos companheiros e de muitos homens honestos e dignos. Carlota Corday entregou-se ao crime na residência de Marat, com o propósito de restituir a liberdade ao povo de sua terra e expiando o seu ato extremo com a própria vida. Ocasiões houve em que subiram ao cadafalso mais de vinte pessoas por dia, mas Robespierre e seus sequazes não tardaram muito a subir igualmente os degraus do patíbulo, em face da reação das massas anônimas e sofredoras.
A CONSTITUIÇÃO - Depois de grandes lutas com o predomínio das sombras, conseguem os genios da França inspirar aos homens públicos a Constituição de 1795. Os poderes legislativos ficavam entregues ao "Conselho dos Quinhentos" e ao "Conselho dos Anciães", ficando o poder executivo confiado a um Diretório composto de cinco membros.
Estabelece-se dessa forma uma trégua de paz, aproveitada na reconstrução de obras notáveis do pensamento. Os centros militares lutavam contra os propósitos de invasão de outras potências européias, cujos tronos se sentiam ameaçados na sua estabilidade, em face do advento das novas idéias do liberalismo, e os políticos se entregavam a uma vasta operosidade de edificação, vingando nesse esforço as mais nobres realizações.
Contudo, a França, depois de seus desvarios de liberdade, estava ameaçada de invasão e desmembramento. Povos existem, porém, que se fazem credores da assistênica do Alto, no cumprimento de suas elevadas obrigações junto de outras coletividades do planeta. Assim, com atribuições de missionário, foi Napoleão Bonaparte, filho de obscura família corsa, chamado às culminâncias do poder.
NAPOLEÃO BONAPARTE - O humilde soldado corso, destinado a uma grande tarefa na organização social do século XIX, não soube compreender as finalidades da sua grandiosa missão. Bastaram as vitórias de Árcole e de Rívoli, com a paz de Campoformio, em 1797, para que a vaidade e a ambição lhe ensombreassem o pensamento.
... Sua fronte de soldado pode ficar laureada, para o mundo, de tradições gloriosas, e verdade que ele foi um missionário do Alto, embora traído em suas próprias forças; mas, no Além, seu coração sentiu melhor a amplitude das suas obras, considerando providencial a pouca piedade da Inglaterra que o exilou em Sta. Helena após o seu pedido de amparo e proteção. Santa Helena representou para o seu espírito o prólogo das mais dolorosas e mais tristes meditações, na vida do Infinito.
ALLAN KARDEC - A ação de Bonaparte, invadindo as searas alheias com o seu movimento de transformação e conquistas, fugindo à finalidade de missionário da reorganização do povo francês, compeliu o mundo espiritual a tomar enérgicas providências contra o seu despostismo e vaidade orgulhosa. Aproximavam-se os tempos em que Jesus deveria enviar ao mundo o Consolador, de acordo com as suas auspiciosas promessas.
Apelos ardentes são dirigidos ao Divino Mestre, pelos gênios tutelares dos povos terrestres. Assembléias numerosas se reúnem e confraternizam nos espaços, nas esferas mais próximas da Terra (Vide Curiosidades da Codificação). Um dos mais lúcidos discípulos do Cristo baixa ao planeta, compenetrado de sua missão consoladora, e, dois meses antes de Napoleão Bonaparte sagrar-se imperador, obrigando o Papa Pio VII a coroá-lo na Igreja de Notre Dame, em Paris, nascia Allan Kardec, aos 3 de outubro de 1804, com a sagrada missão de abrir caminho ao Espiritismo, a grande voz do Consolador prometido ao mundo pela misericórdia de Jesus-Cristo.
(Do livro "A Caminho da Luz", cap. XXII, ditado por EMMANUEL e psicografado por Francisco Cândido Xavier, edição FEB)