A ofensiva terrestre israelense à Faixa de Gaza marcou o início de uma nova etapa do conflito com os militantes do grupo radical Hamas. Já são quase 300 mortos.
Uma fileira de tanques se movimenta pela terra seca do sul de Israel.
Os soldados acenam, levantam bandeiras e fazem sinais de vitória.
Na fronteira entre Israel e Gaza, em um lugar que não pode ser identificado, as forças israelenses montaram uma base de operações.
De lá eles partem em direção a Gaza, que fica aproximadamente dois quilômetros desse ponto.
O primeiro-ministro israelense disse que é só o começo da operação terrestre e que ela pode ser ampliada significativamente nos próximos dias.
Cinquenta e oito mil reservistas já foram convocados.
E pouco a pouco eles chegam à fronteira do sul.
Israel usa também tratores militares para abrir o caminho das tropas.
Um dos maiores aparatos militares do mundo avança em direção à Faixa de Gaza com todas as consequências que isso pode trazer para os dois lados envolvidos nessa guerra.
Nos primeiros combates terrestres, 17 militantes do Hamas morreram e 13 foram presos.
Do lado israelense, um soldado morreu e sete ficaram feridos.
O Jornal Nacional perguntou ao porta-voz das forças israelenses por que foi necessário invadir Gaza por terra, quando é sabido que o número de mortes só vai aumentar.
Quando o coronel Peter Lerner começa a responder cai mais um foguete.
"Não estamos dispostos a continuar sendo atacados pelo Hamas", ele diz.
"Estamos tentando criar uma situação em que os civis israelenses possam levar uma vida normal".
Entre os civis palestinos, a invasão por terra apavora. Depois que as tropas israelenses entraram, um bebê de cinco meses, um idoso e quatro crianças morreram.
O Jornal Nacional perguntou ao porta-voz israelense: “Crianças têm morrido todos os dias.
Vocês estão errando o alvo?”. "É uma tragédia", ele diz. "Mas é uma tragédia que foi trazida a nós por uma organização que intencionalmente sacrifica a sua população.
O Hamas esconde foguetes em mesquitas e até em um prédio da ONU, esse é o tipo de gente com quem estamos lidando".
A ONU, que já havia condenado o lançamento de foguetes pelo Hamas, manifestou nesta sexta-feira (18) preocupação com o que chamou de "resposta pesada de Israel".
O presidente americano Barack Obama disse que Israel tem o direito de se defender mas fez um apelo ao primeiro-ministro: minimizar a morte de civis.
E os civis lotam os hospitais de Gaza. O médico Kamel Zaqzuq avalia que a situação está mais difícil do que na última guerra entre Israel e o Hamas, em 2012.
"À noite, estamos sempre em situação de emergência", ele diz. Em 11 dias de guerra, já são 291 palestinos mortos, quase 80% mulheres, idosos e crianças.
Entre os israelenses, dois civis e um soldado morreram. A guerra entrou nesta sexta-feira, em uma fase nova e muito mais violenta...
Não há satisfação em assistir essas cenas! Até quando a nossa alma ainda chorará?.
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/07/incursao-israelense-em-gaza-faz-mais-vitimas-294-morreram-em-11-dias.html
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