O que nos faz apaixonarmos?
O que nos faz ficar românticos? Horas e horas de conversinha ao pé do ouvido do outro... confissões e juras?
De onde vem esse sentimento?
É possível amarmos ao mesmo tempo duas pessoas?
É possível convivermos e não amarmos?
Oh dúvida cruel: Este ou aquele? Louro ou moreno etc... etc... etc...
A noite já ia se adiantando, o dia amanhecendo... no dia seguinte nossos compromissos nos esperava, e as três continuavam de trelele!!!
Alicinha , Rita de Cássia e sua irmã Rogéria.
Seus pais dormiam e nós deitadas no tapete da sala a dividir o ventilador(que era um só para as três, e o espaço maior na sala) , assim recordavámos como havia sido o dia anterior... há quem emocionamos, e quem conseguiu nos emocionar.
Rita já de casamento marcado, Rogéria de namoricos, e eu apenas trabalhava e estudava.
Fazíamos planos para uma vida plena e cheia de belezas...
Fazíamos planos para uma vida plena e cheia de belezas...
Aprendíamos um pouco de tudo a cada dia, e trocavamos figurinhas e comentários sobre os rapazes da época.
Numa coisa as três sempre concordavam:O mancebo, teria que ser pelo menos romântico! Trazer flores nas datas especiais... bombons, ser gentil e cortês...
E, recordávamos as aulas de História do professor Antonio Jorge, principalmente a história de Helena de Tróia, que tanto empolgava o mestre, e mesmo assistindo a sua aula em horários diferentes - o que às vezes acontecia , podia-se perceber as emoções na fala, e em seus olhos.
A narrativa corretíssima - o que nos fazia pensar às vezes que ele - o professor havia lutado naquela batalha , tamanha a veracidade com que a história era reproduzida.
Meninas - vocês acreditam em reencarnação?.
Dizia eu - pois sabia que a mãe delas era kardecista, e frequentava a Federação espírita do Brasil, às terças - feiras, fizesse sol ou chuva...pontualmente às 17hs, na Av. Passos - Centro do Rio.
Um casarão imponente - e que se via chegar senhores e senhoras de bom nível, e bem arrumados e adentrar os salões do casarão.
As duas apesar de divergir em muitas coisas, e opiniões antagônicas, em quase todos os assuntos - nesse tocante - nunca divergiam: Sim, acreditamos...
E passávamos horas analisando os livros de Kardec , Chico Xavier... bezerra de Menezes, entre outros.
Não num sentido de adoração.
Mas faziamos uma leitura analítica, dos discursos e explicações que eram dadas nos livros e revistas.
Mas faziamos uma leitura analítica, dos discursos e explicações que eram dadas nos livros e revistas.
Embora minhas raízes judaicas , me fizessem apreciar a doutrina - o espiritismo era uma interrogatória, que não se podia duvidar, nem tão pouco levantar a bandeira totalmente.
Muitos fatos ficavam à luz da compreensão, e às vezes a conversa aumentava com a chegada de outras pessoas, uns de outras crenças , outras que frequentavam o círculo da Dorinha.
Vez por outra presenciávamos a incorporação de entidades, que chegavam de surpresa e exigiam das minhas amigas uma preparação rápida, com o uso de roupas adequadas, champanhes, cigarrilhas, incensos perfumados...
Elas(es) vinham ... falavam coisas boas de se ouvir, cantavam cânticos, que algumas vezes não se compreendia o idioma, deixavam mensagens para um ou outro ausente, prenunciavam mortes e outras situações delicadas.
Pediam que tivéssemos coragem, e discernimento, e muita Fé no Altíssimo.
E , se despediam como se fossem viajar para dali muito longe.
Nos deixando uma sensação de incompletude.
Parecia que aquele momento não existira realmente, e que havíamos sonhado.
Nos deixando uma sensação de incompletude.
Parecia que aquele momento não existira realmente, e que havíamos sonhado.
Mas não dormiramos!
De fato, vivenciamos momentos de profunda paz... e calmaria.
E após esses encontros - sem datas marcadas - tinhamos, ao ouvirmos as explanações, um aumento de percepção... intuição, sei lá como chamar.
E após esses encontros - sem datas marcadas - tinhamos, ao ouvirmos as explanações, um aumento de percepção... intuição, sei lá como chamar.
Algo havia mudado daquele momento em diante.
Era, como se entrassémos numa esfera invisível, numa outra rotação, e o mundo lá fora, não estivesse ali naquele presente.
Engraçado - que quando alguém de fora batia no portão - logo se retirava - como se ali não houvesse quem atende-los.
Aquelas tardes, noites desses dias - eram um presente que de uma forma esperávamos que se repetisse - sempre que uma de nós; amigas , estivesse com problemas a serem resolvidos, e que necessitasse de uma ajudinha extra , pra definir melhor qual caminho a ser tomado.
E, nossa visão se clareava...
E, nossa visão se clareava...
Eu, pessoalmente recebi vários "insightes"; depois dessas sessões... e, muita coisa, muitas decisões que tomei depois dali, a inspiração, surgira de certo desses encontros.
E , naquele chalé - como a dona se referia ao local.
Uma casinha muito bem ambientada - e decorada , com vários elementos da cultura nordestina, e do Brasil.
Vía-se um sincretismo religioso, bem típico de nossa raça. Que recebia elementos das mais variadas descendências.
Assim entre: candelabros de prata, estatuetas de bronze (de cavalheiros medievais), Santas católicas - dentre elas: Santa Rita de Cássia e Santa Sara a egípcia; cortinas de rendas, cumbucas de barros, cuias , e outros objetos da roça, a casa tinha um certo ar exótico... e quem ali entrasse nunca sairia da mesma maneira- como entrou.
A dona Dorinha - tinha sempre um cálice de licor, um pedaço de fubá ou uma peta, um queijinho picado... um vinho do porto, para suas visitas deste ou daquele mundo.
E, é por isso que mesmo não existindo visivelmente essa criaturinha- as lembranças permanecerão vivas dentro de mim.... seu entusiasmo pela vida, e suas memórias ainda permanecem em nós.
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Uma das aulas do professor mais greco e troiano que já tivemos.
Introdução
A Guerra de Tróia foi um conflito bélico entre aqueus (um dos povos gregos que habitavam a Grécia Antiga) e os troianos, que habitavam uma região da atual Turquia. Esta guerra, que durou aproximadamente 10 anos, aconteceu entre 1300 e 1200 a.C.
Causa da guerra
Gregos e troianos entraram em guerra por causa do rapto da princesa Helena de Tróia (esposa do rei lendário Menelau), por Páris (filho do rei Príamo de Tróia). Isto ocorreu quando o príncipe troiano foi à Esparta, em missão diplomática, e acabou apaixonando-se por Helena.
O rapto deixou Menelau enfurecido, fazendo com que este organiza-se um poderoso exército. O general Agamenon foi designado para comandar o ataque aos troianos. Usando o mar Egeu como rota, mais de mil navios foram enviados para Tróia.
A Guerra
O cerco grego à Tróia durou cerca de 10 anos. Vários soldados foram mortos, entre eles os heróis gregos Heitor e Aquiles (morto após ser atingido em seu ponto fraco, o calcanhar).
A guerra terminou após a execução do grande plano do guerreiro grego Odisseu. Sua idéia foi presentear os troianos com um grande cavalo de madeira.
Disseram aos inimigos que estavam desistindo da guerra e que o cavalo era um presente de paz. Os troianos aceitaram e deixaram o enorme presente ser conduzido para dentro de seus muros protetores.
Após uma noite de muita comemoração, os troianos foram dormir exaustos. Neste momento, abriram-se portas no cavalo de madeira e saíram centenas de soldados gregos.
Estes abriram as portas da cidade para que os gregos entrassem e atacassem a cidade de Tróia até sua destruição.
Os eventos finais da guerra são contados na obra Ilíada de Homero.
Sua outra obra poética, Odisséia, conta o retorno do guerreiro Odisseu e seus soldados à ilha de Ítaca.
Ritinha?
Heim ??
Se você fosse a Helena, com quem ficaria?
Como assim?
Com qual dos dois homens? Páris ou Menelau??
Sabe - que nunca pensei nisso! Sei não.
Ah, dizia a irmã: Eu ficaria com Páris... que certamente deveria ser mais jovem, mais viril, mais forte inclusive ...
E Rita- como irmã mais velha, e quase pronta para se casar:
Acrescentava - com ares de sábia:
Pois, eu ficaria com o mais velho... que foi quem lutou por mim, e arriscou a vida até conseguir me trazer de volta à casa...
Mas e, se estivesses apaixonada por Páris?
E ela dizia calmamente: esperaria um tempo melhor para ambos.... com um olhar no espaço!!!
Mas e, se estivesses apaixonada por Páris?
E ela dizia calmamente: esperaria um tempo melhor para ambos.... com um olhar no espaço!!!
E, assim proseávamos , mais uma vez sobre o amor.
Esse amor da juventude- que deveria ser calmo ... belo ... ponderado e sereno.
Rita, certas horas declavama sobre esse sentimento, citando Vinícius de Moraes, Fernando Pessoa, Jorge Amado... e outros com a leveza de um mestre, e um olhar de um ancião.
Uma vez, nos disse:
"O homem é a medida de todas as coisas, que o levou, inclusive, a afirmar que o verdadeiro sábio é aquele capaz de julgar as coisas segundo as circunstâncias em que elas se inserem e não aquele que pretende expressar verdades absolutas".
Texto atribuído a Protágoras.
Apud: A Arte de argumentar- gerenciando a razão e emoção
Autor: Antônio Suárez Abreu
ateliê editorial - 5ªedição/S.Paulo
Postado por: baruchess@gmail.com
bjssss....
Texto atribuído a Protágoras.
Apud: A Arte de argumentar- gerenciando a razão e emoção
Autor: Antônio Suárez Abreu
ateliê editorial - 5ªedição/S.Paulo
Postado por: baruchess@gmail.com
bjssss....
Em 1300 antes de Cristo, a bela Helena motivava uma guerra de 10 anos entre gregos e troianos, que só teve fim após a grande ideia de introduzir pelos portões de Troia o gigantesco cavalo de madeira, recebido como presente.
ResponderExcluirQuantas mulheres, durante toda a história da humanidade, já provocaram verdadeiros conflitos entre os homens!
Por uma mulher, vivemos e morremos. Será sempre assim, até o fim de nossos dias. E que assim seja!
Deus, ao criar a mulher, a fez com esse fim: ser tudo para o homem, e o homem é tudo para ela.
Para ela colhemos rosas (ou roubamos de algum jardim); para ela fazemos poesia (ou tomamos por empréstimo de algum poeta); para ela dedicamos todo nosso amor e a nossa vida.
Feliz de quem acha a "mulher virtuosa", sua alma gêmea, aquela que é seu complemento perfeito!
Menelau sabia do valor de sua Helena e por isso não mediu esforços para resgatá-la das muralhas fortificadas de Troia.
Para o amor não há distâncias ou obstáculos, é tudo possível, assim como o amor de Romeu por Julieta ou o de Dirceu por Marília.
Alicinha, parabéns por mais um belo post!
Beijos e abraços, do amigo:
José Maria Cavalcanti www.bollog.com.br
Meu caro José
ResponderExcluirSábias palavras...
De que nos valeria a vida ... se não pelas emoções?
Pelo amor que temos ou que tivemos(?)
De nada adiantaria trabalhar anos a fio... conquistar bens... estudar ... desenvolver o intelecto... se não nos deixássemos contagiar pela magia e plenitude amorosa...
Ainda que eu falasse a língua dos homens... e falasse a língua dos Anjos, sem amor, eu nada seria!!!
Poderia ficar aqui escrevendo sobre ele, e não encontraria o fim.
Por isso, existem os poetas, que dizem o que queremos ouvir... dizem em palavras que tem o poder de enebriar a alma do leitor atento,daquele que busca e, se deixa ser emocionado!!
E Aquele que o criou... sai de mansinho... com um leve sorriso na face, e diz: Mais um que meu cupido flexou!!!
haushaushuahsh .....
Pois, Ele se contagia quando nos alegramos, e sentimos a plena mansidão dentro do coração apaixonado!!!
Obrigada pela leitura...
Por crer que nada somos, sem o Amor a nos pulsar.
Abçs...
Na próxima vou falar sobre José - o Hebreu e sua bela Maria.
Aos meus queridos Alicinha e Cavalcanti, dois escribas sensacionais!
ResponderExcluirSou fã de vocês e grato por terem passado e fazerem parte de minha vida!
beijokas do Joca!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirJocaaa...
ExcluirDom Quixote de Los Tableros...
Até parece que tu não desfilas pelas palavras em seu xadreztorneios - a encantar os andarilhos da arte de Caissa...
Seu blog já é leitura obrigatório nos meios enxadristicos!!!
Eu que te dou Meus Parabéns pelas escribas ...
Sucesso a todos então...
Um brinde às letras...e as palavras que enebriam a alma dos não poetas ... dos poetas e dos poetinhas aprendizes da arte.......
Bom Fim de Semana ...
Pelo jeito teremos sol no Rio... Espero !!! bjsss