Quanta saudade do meu pé de jabuticaba...
Os filhos de hoje, não são como os filhos de outrora... são mais espertos, mais inteligentes, há quem os chamem de "geração índigo" por suas características peculiaridades, que não tinham as crianças de décadas atrás.
Enquanto, nós brincávamos de pique-esconde, amarelinha, rodar pião, etc...e, chegávamos em casa todo sujos porque às vezes chovia, e as brincadeiras, não cessavam, exceto quando alguém mais velho vinha ralar, dizendo que iríamos ser pegos por um relâmpago...o que fazia, com que obedecessemos imediatamente...
As crianças moderninhas, brincam de I Pad , Internet, Face book... etc..., e têm que ter atividades nos três horários, que é pra não ocuparem a mente de coisas bobas, ou destrutivas!?!!
E se obedecíamos - é porque, inúmeras eram as histórias de pessoas pegas pelo raio... de maneiras tais, que íamos brincar dentro de casa, com outros meios... jogos... leituras... ou simplesmente ficávamos na varanda, sentados no chão, ouvindo os maiores contarem suas proezas... e, aguardando com certeza que um lanchinho quente fosse vir ao nosso encontro. Mas tinhamos que mudar as vestes molhadas, por que senão pegaríamos uma pneumonia.
Engraçado Nita: a Ritinha, de lá do Tomba, mora longe, e até ela poder ir embora, sua roupa já vai ter secado no corpo, e ela, nem quis uma roupa minha que lhe dei!?
E, o que você quer dizer com isso? Alicinha??
Nada... apenas quero dizer que roupa molhada não dá pneumonia sei lá o que é isso... já começando os espirros...
Uahsuahsuahsu ....... ria a irmã Cristina.... você num quer se comparar aos meninos da rua? menina de plástico - que num pode ver chuva que já tá doente de febre....
Mas a irmã, calmamente ralhava com ela... cada um tem uma natureza Cristina... e, ninguém é igual a ninguém....
Sei disso... Deus me livre se fosse igual essa menina...já tinha era morrido...
O que instintivamente lhe fiz uma cara de braba... indo mudar aquele vestido, e pegar uma toalha pra secar minha cabeleira...
Num fala assim com ela... A Licinha é frágil...coitada!!
O que fazia a outra dar com os ombros, e sair rápido... resmungando - os brancos podem ser fracos... os negros têm que ser fortes! Isso é uma tremenda injustiça!!!
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Num quintal da imaginação , como o que tinhamos na casa de Paratinga.... havia de tudo um pouco...
E, dentre as árvores, a nossa preferida, era um pé de Jabuticaba...depois do pé de tamarindo!
Aliás, todas tinham igual encantamento... e amava-mos igualmente... eram nossas companheiras...e, quando algum aborrecimento nos sobrevinha...eram com as árvores, que iríamos chorar nossa pranto, ou mesmo rir nosso riso!!!
E, não só a gente, mas há outras pessoas que igualmente tem amor a essas criaturas...
" Minha vida se divide em três fases.
Na primeira, meu mundo era do tamanho do universo
e era habitado por deuses, verdadeiros e absolutos.
Na segunda fase meu mundo encolheu,ficou mais modesto e passou
a ser habitado por heróis revolucionários
que portavam armas e cantavam canções
de transformar o mundo.
Na terceira fase, mortos os deuses,
mortos os heróis, mortas as verdades e os absolutos,
meu mundo se encolheu ainda mais e chegou não à sua verdade final mas à sua beleza final:
ficou belo e efêmero como uma jabuticabeira florida."
Rubem Alves In "Do Universo à Jabuticabeira"
* Rubem Alves (Boa Esperança, 15 de setembro de 1933) é um psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro, é autor de livros e artigos abordando temas religiosos, educacionais e existenciais, além de uma série de livros infantis.[1]
P.S: Já perdi perdão - porque uma vez tive que derrubar uma árvore!!!!
Referências:
1-http://taekukiwonbonsai.blogspot.com.br/2010/03/como-cuidar-jaboticabeira.html
Eu lembro de um pé de jabuticaba que tinha que subir por uma escada de uns 4 metros para ficar sentado onde começavam os ramos e ficar comendo.
ResponderExcluirGostei demais do vídeo!!
Beijos!!!