domingo, 9 de novembro de 2014

Monumentos: Victor Brecheret


                 Grandes personagens, maiores ideais







Trinta e três anos de trabalho, para concluir o monumento às bandeiras/ SP








                                           Monumento às bandeiras






Monumento a Luis Alves de Lima e Silva- o duque de Caxias





Quem foi esse homem?

Victor Brecheret  (Farnese22 de fevereiro de 1894 — São Paulo17 de dezembro de 1955) foi um escultor ítalo-brasileiro, considerado um dos mais importantes do país.

 É responsável pela introdução do modernismo na escultura brasileira.

Sua figura ficou marcada pela boina que costumava vestir, ressaltando uma imagem tradicional do "artista".

Nascido "Vittorio Breheret" (sem a letra 'c' no sobrenome) numa pequena localidade não distante de Roma, filho de Augusto Breheret e Paolina Nanni, esta última falecida quando o pequeno Vittorio tinha apenas seis anos de idade. 

Foi abrigado pela família do tio materno, Enrico Nanni, e com sua família emigrou para o Brasil ainda na infância.

No Brasil, tornou-se "Victor Brecheret" e já com mais de trinta anos de idade recorreu à Justiça para inscrever seu registro nascimento tardiamente no Registro Civil do Jardim América (bairro de São Paulo). 

Assim Brecheret consolidava a sua nacionalidade brasileira, embora tivesse nascido na Itália. 
Este tipo de "regularização" era muito comum entre imigrantes italianos na primeira metade do século XX no Brasil.

Trajetória


Ainda moço frequentou as aulas de entalhe em gesso e mármore do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, onde mais tarde viria a utilizar o ateliê e seus aprendizes para moldar suas obras

Amadureceu estudando na Europa, onde entrou em contato com as vanguardas artísticas que ocorriam nas décadas de 1910 e 1920. Trabalhou com o escultor italiano Arturo Dazzi, sendo influenciado pela estética de pós-impressionistas como Ivan Meštrović, croata, e os franceses Auguste Rodin e Émile-Antoine Bourdelle.1 

Ligou-se a Emiliano Di CavalcantiMário de Andrade,Oswald de Andrade e Menotti del Picchia quando voltou ao Brasil e com eles participou da introdução do pensamento vanguardista no Brasil.



Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, expondo vinte esculturas no saguão e nos corredores do Teatro Municipal de São Paulo.

 A partir daí manteve paralelamente uma carreira na Europa e em seu país. Expôs no Salão dos Independentes de Paris e fundou a Sociedade Pró Arte Moderna
.
Em 1920 ganhou um concurso internacional de maquetes para a construção de uma grande escultura em São Paulo (o futuro Monumento às Bandeiras). Em 1923 o governo do Estado de São Paulo encomendou-lhe a execução do Monumento às Bandeiras, projeto a que Brecheret viria a se dedicar nos vinte anos seguintes.

O Monumento às Bandeiras foi a maior obra de Brecheret e demorou 33 anos para ser construido (1920—1953).1 

Em 1932, torna-se sócio-fundador da Sociedade Pró-Arte Moderna (Spam).
Em 1951 foi premiado como o melhor escultor nacional na primeira Bienal de São Paulo..

Obra


Quando estudante do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, Brecheret foi essencialmente um artesão, executando obras de teor clássico e romântico.

Na Europa, ele iniciou uma produção similar a de pós-impressionistas. Ao entrar em contato com as vanguardas em curso naquela época no continente europeu, passou a expressar sua obra com manifestações vindas do construtivismoexpressionismo e cubismo,1 mas nunca chegando à abstração pura. 

Em sua fase mais madura, Victor procurou realizar experimentos estéticos que ligavam a escultura vernacular indígena brasileira com as experiências que desenvolveu na Europa.

Em sua produção destacam-se:
  • "Idolo" (1921)
  • "A Musa Impassível" (1923)
  • "Fauno" (1942)
  • "Depois do Banho" (1945)
  • "O Índio e Sasuapara" (1951)
  • "Monumento às Bandeiras" (1953)
  • "La vida'' (1960)

Imagens:

 "Graça", exposta na Galeria Prestes Maia, em São Paulo.




 Anjos no túmulo da Família Scuracchio, Cemitério São Paulo





Túmulo de Olívia Guedes PenteadoCemitério da Consolação


   


Figura feminina, bronze, 1951, coleção Ministério da Educação








Depois do banho - Largo do Arrouche




Eva - avenida Vergueiro - dentro da biblioteca pública.




Eva - Victor e eu Alice Baruch

Referências:


1-http://www.victor.brecheret.nom.br/

2-http://pt.wikipedia.org/wiki/Victor_Brecheret

3-http://literaturalitteris.blogspot.com.br/2012/05/escultura-modernista-victor-brecheret.html

4-http://www.pinturabrasileira.com/artistas_bio.asp?cod=34&in=1

5-http://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento_a_Duque_de_Caxias


Comentários:


A ressurreição está também simbolizada na mais bela escultura cemiterial que conheço, O Sepultamento, de Victor Brecheret. No Cemitério da Consolação, ela celebra a vida cidadã de d. Olívia Guedes Penteado e seu marido, patronos da formação de grandes artistas paulistas. Mesmo que muita gente se mostre indiferente aos mortos e ao que eles representam, a arte funerária dos nossos cemitérios fala pelos ausentes e os povoa com a saudade do belo. Quem assume a grande missão da emancipação dos seres humanos de suas misérias e carências, as da matéria e as do espírito, nunca está só. Nem morre.
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* José de Souza Martins é sociólogo, professor emérito da Faculdade de Filosofia da USP. Autor, entre outros livros, de Uma Sociologia da Vida Cotidiana (Contexto, 2014)
Fonte: Estadão online, 08/11/2014

2 comentários:

  1. Sin... sem duda!!
    El artista acha la obra en una rua de un lugar qualquer!! rss.. Obgadu pela visita e comentário!! besosss..

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