Ah essas mulheres: Lisístrata (a ateniense); Leymah Gbowee ( Liberiana) - O Prêmio Nobel da Paz nas mãos e nos atos das mulheres...Greve de SEXO!!! Você é Esparta ou uma Atenas?

Qual foi mesmo o motivo, que pôs fim à guerra entre Esparta e Atenas?

No século V a C, mas conhecida como Guerra do Peloponeso, que durou 27 anos?

A Grécia antes da Guerra do Peloponese (431 aC)

                                            Alianças da Guerra


 Perguntava meu querido e dileto professor Antonio Jorge... fixando seu velho mapa da Grécia, já quase desmoronando pelo uso e pelo tempo de existência. 

   Isso há cinco séculos antes de Cristo!prosseguiu ele, e que, envolveu quase todas as cidades-estados gregas, provocando o enfraquecimento da Grécia.

 A turma do gargarejo se encolhia na cadeira, nunca havíamos pesquisado isso... 

 Olhávamos para cima, como quem quer se lembrar de algo...mas torna-se impossível lembrar-se do que não se leu!

 Os mais atrevidos, diziam que não eram nascidos... ainda nessa época; então não precisavam saber disso!  Tolos!!

 Rita dava gargalhadas de nervosismo, faltavam apenas duas semanas para o vestibular, e nós não sabíamos quase nada , dizia ela.

 - É acho melhor largar o namorado e enfiar a cara nos livros.Uahsuahsuahs ... e ria baixinho... 

   A um olhar do professor silenciaram-se todos.

   Então senhores e senhoritas: Alguém já tem a resposta?

   - Não - uníssono, respondemos - era a resposta geral... Com caras de interrogação. 

   - Nobre professor : Dizia o Buriche, nosso colega : Não seria através de um acordo de paz, dando colônias distantes uma para a outra?

  - Não ! balançando a cabeça com seus cabelos grisalhos e crespos...abaixando os óculos, e olhando-nos seriamente, por cima dos mesmos...

  - Então... ai ficou difícel , disse a Rita
  - se o Buriche e a Baruch não sabem... é porque o caso é complicado!

  - Foi através do sexo!!! 

  - Amados aluninhos .... Acreditem se quiserem ...

  - Ohhhh ... Mas como isso??. 

    Uma guerra terminaria por causa do Sexo?!

  - Lisístrata, era o nome do momento. 
     Há 5 séculos antes de Cristo - era uma mulher, e ela pôs fim a uma Guerra de anos e anos.... mais precisamente 27 anos !!!

  - Hum... exclamaram todos!!!

  - Pois é meus caros e nobres universitários - essa senhora, liderou juntamente com outras mulheres uma greve! Uma greve através do único motivo que os homens não passam sem: Sexo!!

 - Risinhos, olhares maliciosos ... Enfim, assim começara a aula BIZU - daquele sábado... 

  A história contada em seus mínimos detalhes - como o mestre sempre fazia. 


  Mas como a História sempre se repete, na atualidade, renasce Lisístrata, na Libéria, com a forma de uma negra : Leymah Gbowee. Unindo cristãs e muçulmanas Leymah, assim como a personagem de Aristóteles - propôs que as liberianas parassem de transar com seus parceiros.

  E, segundo suas palavras: Foi uma forma de chamar a atenção dos parceiros...foi uma maneria de mostrar nosso poder, disse a pacifista. 

  O ano era 2002, e o conflito na Libéria já durava 13 anos. Várias atrocidades vinham sendo cometidas com os civis: idosos , crianças , animais ... enfim todos as mazelas que um povo já suportou estava sendo repetidas bem ali na nossa frente... era preciso fazer alguma coisa.

 O ditador Charles Taylor - não teve como recusar-se a ouvi-la, e as negociações de Paz, tiveram início daí pra frente!! 

 O cessar fogo ainda demorou um ano. Taylor foi extraditado e condenado a meio século de prisão pela corte Internacional de Haia. 

  Aos 40 anos, Leymah, ganhou um Nobel da Paz (2011)....agora ela percorre o mundo falando como precisamos viver, e tornou-se uma pacifista.

  Continua a sua trajetória, em outras nações , aonde existir conflitos como na Monróvia, capital da Libéria, em que ao ser recebida pelo então presidente, preferiu sentar-se no chão, como as demais mulheres, para ser igual a elas...

  Outras questões do seu país, também são enfocadas em seus discursos, que lhe rendeu não só o Nobel da Paz, como escreveu um livro - PRAY THE DEVIL BACK TO HELL. Documentário sobre sua vida. Em que são narrados fatos da vida de sua população, incluindo estupros sofridos por grande parte das mulheres, fome e miséria, violências nas famílias, amputações em pessoas civis, sucessivos assassinatos etc...o país sofria e a miséria era comum.......
" A Libéria dicididamente , não é um dos países mais estáveis do mundo, mas a história desta pacifista, nos mostra o poder incrível que pessoas comuns podem ter - quando há coragem e comprometimento suficientes" (Repórter: Mariana Timóteo da Costa/SP.)Jornal O Globo-Caderno Ela:27/10/2012).

Defensora das mulheres -Ganhou o Prêmio Nobel da Paz.
A história de sua vida e de seu povo foi contada no livro autobiográfico “Mighty Be Our Powers: How Sisterhood, Prayer and Sex Changed a Nation at War (Louvados sejam nossos poderes: como as mulheres, a oração e o sexo mudaram uma nação em guerra).Hoje, coordena a Fundação Gbowee para a Paz, com sede em Nova York.Leymah - esteve essa semana no Rio de Janeiro no Fórum: Mulheres reais que transformam.

Referências:

1- http://www.ted.com/talks/leymah_gbowee_unlock_the_intelligence_passion_greatness_of_girls.html

2- http://www.thedailyshow.com/watch/mon-november-14-2011/leymah-gbowee

3- Mariana Timóteo da Costa - Jornal O Globo: Caderno Ela: 27/10/2012 /SP       
     mariana.timoteo@oglobo.com.br

4- http://www.ebc.com.br/2012/10/rio-se-transforma-em-palco-de-debates-sobre-o-papel-das-mulheres-no-mundo

5- http://estilo.br.msn.com/tempodemulher/variedades/especialistas-dividem-experiências-nos-eventos-do-grupo-tempo-de-mulher

6- http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Peloponeso

7- http://www.mundoeducacao.com.br/historiageral/guerra-peloponeso.htm

8- http://philosophiagrega.no.comunidades.net/index.php?pagina=1162443636

           
                                                   Trireme




Curiosidades:



                   Mulheres Espartanas

Atléticas e bem musculadas, as mulheres espartanas eram orgulhosas de seus atributos atléticos, notoriamente vestindo o que era considerado por não-espartanos como trajes escandalosos. Elas treinavam frequentemente e participavam em corridas, provas de força, e lançando o disco e dardo. Na verdade, a primeira mulher a vencer a Olimpíada foi uma espartana. O seu nome era Cynisca e ela ganhou a corrida de quadriga, tanto em 396 A.C como em 392 A.C.



                                                       Mulheres de Atenas

 A ateniense casada, viva a maior parte do tempo, confinada as paredes de sua casa, detendo no máximo o papel de organizadora das funções domésticas, estando de fato submissa a um regime de exclusão.

Deviam lá permanecer para ficar longe das vistas, separadas até dos membros masculinos da própria família.

Mesmo antes do casamento, nem se pensava que a jovem pudessem encontrar-se livremente com rapazes, visto que viviam fechadas nos aposentos destinados às mulheres - o Gineceu. 

A inferioridade da mulher e da sua posição pode ser atestada pela Política de Aristóteles que a justificava em virtude da não plenitude na mulher da parte racional da alma, o logos.

Observamos inclusive no texto Aristótelico, que para tanto faz uso das palavras e Sófocles, que a mulher deveria ser reclusa,  por não ter alma racional... sendo melhor que permanecessem caladas (em silêncio) na maior parte do tempo.. 


                             
                                               Mapa da Grécia naquela época

 Batalhas e campanhas da Guerra do Peloponeso. 


As cores correspondem à situação dos Estados na deflagração da guerra, com exceção da semi-bárbara Macedônia, que inicialmente era neutra.


 Caixa de Pandora

A caixa de Pandora é um mito grego no qual a existência da mulher e dos vários males do mundo são explicados. 

Mulheres de Atenas

Chico Buarque

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raça de Atenas

Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem imploram
Mais duras penas; cadenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos
Poder e força de Atenas

Quando eles embarcam soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam, sedentos
Querem arrancar, violentos
Carícias plenas, obscenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos
Bravos guerreiros de Atenas

Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar um carinho
De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas, Helenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas:
Geram pros seus maridos,
Os novos filhos de Atenas.

Elas não têm gosto ou vontade,
Nem defeito, nem qualidade;
Têm medo apenas.
Não tem sonhos, só tem presságios.
O seu homem, mares, naufrágios...
Lindas sirenas, morenas.

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos
Heróis e amantes de Atenas

As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas
Não fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
Às suas novenas
Serenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos
Orgulho e raça de Atenas

E ai?? Quem são as mulheres?? 

você é uma Espartana ou uma Ateniense?

  Até a próxima postagem...Obrigadinha pela visita!!!!!!!