terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ainda que eu falasse a língua dos anjos ...

           
    

    No dia a dia, dentro dos locais onde existem sofrimento, todos nós sofremos um pouco...


       Ao entrarmos em Hospitais ... asilos ... casas de recuperação .. manicômios ... presídios ... etc... sentimos que a tristeza forma aquela atmosfera de trevas , porém nesses locais , pode-se vislumbrar uma luz , uma faísca , por parte daqueles que com amor à profissão e a arte de recuperar vidas , retêm a lágrima.. reprimem seu choro... choram às escondidas ... e têm dentro de si uma palavra tentando expressar seus sentimentos...
    A este sentimento de solidariedade , chamamos "Amor "...


    É só o Amor que conhece o que é verdade .  Que se encanta diante da alegria dos outros ... Que se infla de coragem e vai aos lugares mais longincuos , tentar resgatar um ferido desconhecido ... que atravessa paredes em chama para buscar àquele pobre que está ferido e sem chances de sair dali...


   Existem muitos idiomas na Terra...

   Mas nenhum consegue se fazer entender sem palavras... nenhum consegue transmitir palavras de boca fechada ... nenhum outro consegue emanar luz através das palmas da mãos.


    Ainda que eu falase a língua dos Anjos .. e falasse a lingua dos homens sem amor eu nada seria ...


     Hoje, verifiquei a força e a intensidade do Amor.


      Presenciei uma senhora , com seu neto, em estado grave ... e ela ali ao seu lado , transmitindo a ele a maior das curas - a cura pelo amor.


      Essa criança , foi abandonada pelos pais verdadeiros, após ter sofrido lesão cerebral e ter ficado com sequelas neurológicas... É apenas um menino de quatro anos - com uma lesão que o tornará deficiente e dependente de ajuda de terceiros... Não poderá ter a vida igual a de seus coleguinhas... tem problemas na marcha... crises epilépticas, e mesmo assim , presenciei o amor - a tentar retirá-lo daquela situação e a pegar-lhe no colo , o faz com a certeza advinda de algum lugar ... como quem diz : Levanta-te e anda...


     Assim, como a humanidade presenciou aquele carpinteiro, que dava ordens ao mar ... aos mortos ... aos pães e peixes... para que se multiplicassem , e saciassem a fome de milhares ....


    Aquela criança débil ,febril... trazia no olhar a confiança de quem sabe existir alguém a lhe amparar e carinhar....

   Trazia em seu coração o pulsar por alguém que lhe daria a vida para que ele fosse o menino de antes ..... e em seu rosto pude ver e registrar a grandiosidade do agradecimento silencioso...


    Hoje ali, em silêncio - presenciando aquela cena , aprendi o que é o amor....


            Dia 24-de agosto. Fato ocorrido numa Unidade de Saúde na baixada fluminense.


 Postado  por Alice - em retribuição ao amor que carrego e que não posso expressar por meu filho Herbert Gunter - assim trago apenas lembranças do que fomos um dia . é como se nunca mais , (talvez eu  não possa estar com ele), e abraçá-lo do fundo do meu coração - e dizer : Eu te amo , filho.

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A vida segue seu fluxo ... Nada muda sem que você não permita!

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