quarta-feira, 4 de abril de 2012

O Diário de Anne Frank


  


Sinto-me, quase na obrigação de falar sobre minhas raízes. 


Recordar a saga, não é sofrimento, mas uma forma de externar a minha solidariedade ao meu povo.


É como se, uma força maior me direcionasse a isso, principalmente, em datas sacras...como esses dias me vêm à tona o que sofreram nossa gente..


Fazendo rever aqueles dias em que pessoas como eu e
você... sofreram sem ter porquê !?   
        
Apesar, de já terem se passado 70 anos... sempre que revemos fotos e fatos da época , nos surpreendemos com a falta de solidariedade a qual o homem teve aos seus semelhantes, e o jogo do poder, atropela qualquer tentativa de compreensão dos reais motivos de tanta carnificina. 


O ideal nacionalista de Hitler contrapõe-se à lógica racional dos motivos de guerrear.


Porque outras guerras existiram! 


Motivos vis as sustentaram... e, quem por acaso, se encontrasse na zona do perigo (Faixa de Gaza) - seriam os primeiros a sofrerem as conseqüências. 


Já dito antes o exemplo de Hiroshima e Nagazaki).


 A análise do extermínio judaico, a pessoas inocentes ; idosos e crianças, foi o mais terrível episódio. ao qual passaram os judeus.
  
E, por isso, mesmo, que todos deveriam saber... para poder compreender outros fatos...  


(Deus jamais, quando criou o homem, supos ser possível que fosse presenciar tais fatos!?). 


Tenho plena convicção disso.


A disputa do bem e do mau... trouxe-nos a isso.


Presenciamos terror...  dias de infortúnio... pestes... pragas e toda infelicidade de desvios que eram praticados, por aqueles que detinham o poder!?


Poucos foram os que se salvaram...e, mesmo entre eles (eu inclusive) trarei sempre em meu ser a nuvem nebulosa do holocausto!!!


Havemos que ressurgir, e restituir em nós mesmos a coragem ... e o afeto aos que não conhecemos, mas que temos muito deles em nosso interior!!!O DNA cármico que não se esvai.

Revendo documentos e narrativas históricas, sobre o período da primeira guerra mundial, chama-me a atenção, escritos de uma adolescente: Anne Frank - que viveu seus poucos dias de vida, em campos de concentração. aonde conseguia escrever o que acontecia nestes locais. 


Essa jovem acabou por não conseguir sobreviver por muito tempo, em tais condições animalescas, e seu fim ocorreu ainda aos quinze anos de idade. 


Mas, o que impressiona é a qualidade da narrativa de Anne em seu diário - que chegou a ser publicado pós morte , através de seu pai, que empreendeu esforços para divulgar a obra da filha, lutando até as últimas conseqüencias nesse intuito.

Me lembro de uma das últimas aulas do mestre historiador, já às vésperas do vestibular, em que precisávamos transpor aquela etapa, ele não media esforços , em nos fazer entender a dialética e propedêutica daqueles momentos para a humanidade.

E nos descrevia os fatos narrados minuciosamente como quem abrira um livro e encenava o que estava escrito.

Detalhe: O livro( a história e sua narrativa) estavam dentro do seu cérebro, e nem uma folha sequer era aberta para as narrações:

Ocupação da Holanda



Em maio de 1940, a Alemanha nazista invadiu e ocupou a Holanda.

Sob a ocupação nazista, os judeus que viviam na Holanda passaram a ser alvo de leis segregacionistas.

Crianças judias ficaram proibidas de estudar nas mesmas escolas onde estudavam crianças não-judias.

Por causa dessa proibição, Anne e Margot tiveram que ser transferidas das escolas onde estudavam para um colégio judaico.

No dia 12 de junho de 1942, quando completou 13 anos, Anne Frank ganhou de presente de seu pai um livro. 

Esse livro era o mesmo que estava na vitrina de uma loja em que ela e o pai passaram e que havia lhe chamado a atenção. Embora fosse um livro para autógrafos, Anne começou a usá-lo como diário quase que imediatamente.


Nele, a jovem começou a registrar fatos corriqueiros na vida de qualquer adolescente. 


Pouco a pouco, Anne começou a registrar com frequência cada vez maior as dificuldades enfrentadas pelos judeus por causa da ocupação nazista.

No mês de julho de 1942, a família Frank recebeu a notícia de que seria obrigada a se mudar para um campo de trabalhos forçados. Para fugir desse destino, a família transferiu-se para um esconderijo no prédio onde funcionava o escritório do pai.
Para deixar a impressão de que haviam fugido apressadamente, Anne e seus familiares deixaram o apartamento todo desarrumado. Além disso, o pai deixou um bilhete, tratava-se de uma pista falsa com o intuito de levar os nazistas a acreditarem que a família estava tentando viajar para a Suíça.

O esconderijo


O prédio comercial onde Anne e sua família se esconderam tinha dois andares, com escritórios, um moinho e depósitos de grãos. O esconderijo consistia em alguns cômodos num anexo que ficava nos fundos do prédio. Para disfarçar o esconderijo, uma estante de livros foi colocada na frente da porta que dava para o anexo.
Na montagem do esconderijo, Otto Frank contou com a ajuda dos quatro funcionários em quem mais confiava: Victor Kugler, Johannes Kleiman, Miep Gies e Bep Voskuijl. Eles mais o pai de Johannes e o marido de Miep eram os únicos que sabiam da existência do esconderijo.

Na manhã de 4 de agosto de 1944, a polícia nazista invadiu o esconderijo, cuja localização foi descoberta por um informante que jamais foi identificado. Todos os refugiados foram colocados em caminhões e levados para interrogatório. Victor Kugler e Johannes Kleiman também foram presos, ao contrário de Miep Gies e Bep Voskuijl, que foram liberados.

Esses últimos voltaram ao esconderijo onde encontraram os papéis de Anne espalhados no chão e diversos álbuns com fotografias da família. Eles reuniram esse material e o guardaram na esperança de devolver a Anne depois que a guerra terminasse, o que nunca aconteceu.

Auschwitz

Anne Frank e sua família foram mandadas para o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. Mais do que um campo de concentração, era também um campo de extermínioIdososcrianças pequenas e todos aqueles que fossem considerados inaptos para o trabalho eram separados dos demais para serem exterminados de imediato.
Dos 1.019 prisioneiros transportados no trem que trouxe Anne Frank, 549 (incluindo crianças) foram separados dos demais para serem mortos nas câmaras de gás. Mulheres e homens eram separados. Assim, Otto Frank perdeu contato com a esposa e as filhas.
Junto com as outras prisioneiras selecionadas para o trabalho forçado, Anne foi obrigada a ficar nua para ser "desinfetada", teve a cabeça raspada e um número de identificação tatuado no braço. 


Durante o dia, as prisioneiras eram obrigadas a trabalhar. À noite elas eram reunidas em barracas geladas e apertadas. As péssimas condições de higiene propiciavam aparecimento de doenças. Anne teve sua pele vitimada pela sarna.
No dia 28 de outubro, Anne, Margot e a senhora van Pels foram transferidas para um outro campo, localizado em Bergen-Belsen, na Alemanha. A mãe, Edith, foi deixada para trás, permanecendo em Auschwitiz. Em março de 1945, uma epidemia de tifo se espalhou pelo campo de Bergen-Belsen.


Estima-se que cerca de 17 mil pessoas morreram por causa da doença. Entre as vítimas estavam Margot e Anne, que morreu com apenas 15 anos de idade, poucos dias depois de sua irmã ter morrido. Seus corpos foram jogados numa pilha de cadáveres e então cremados.

O sobrevivente



Otto Frank foi o único membro da família que sobreviveu e voltou para a Holanda. 
Ao ser libertado, soube que a esposa havia morrido e que as filhas haviam sido transferidas para Bergen-Belsen.
Ele ainda tinha esperança de reencontrar as filhas vivas.

Em julho de 1945, a Cruz Vermelha confirmou as mortes de Anne e Margot.
Foi então que Miep Gies, (um sobrevivente que havia encontrado os escritos de Anne); entregou para Otto Frank o diário que Anne havia escrito. Otto mostrou o diário à historiadora Annie Romein-Verschoor, que tentou sem sucesso publicá-lo. Ela o mostrou ao marido, o jornalista Jan Romein, que escreveu um texto sobre o diário de Anne.

Após a guerra, foi estimado que, dos 108.000 judeus deportados da Holanda entre 1942 e 1944, apenas 5.000 sobreviveram. 


Também foi estimado que 30.000 judeus permaneciam na Holanda, com muitas pessoas auxiliado pelo movimento secreto de resistência holandês. 


Aproximadamente dois terços deste grupo de pessoas sobreviveram à guerra.


Um amigo da família que conhecia Otto , encontrou o diário de Anne e o guardou por um bom período com a intenção de entregá-lo a algum parente , caso encontrasse.


Quando conseguiu localizar seu pai, entregou-lhe a obra da filha.
O diário foi finalmente publicado pela primeira vez em 1947.

A obra teve tal sucesso, que os editores lançaram uma segunda tiragem em 1950. O "Diário de Anne Frank" foi traduzido para diversas línguas, com mais de 30 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. 


O livro que começou como um simples diário de adolescente transformou-se num comovente testemunho do terror nazista.

                                                             
                                                 Annelisse Maria Frank

E assim caminhou a humanidade - tropeçando em seus próprios passos; cambaleantes dominados pelo poderio bélico; acusados injustamente ... perseguidos e mutilados; refreados em seus mínimos direitos , decapitados e degolados pelos carrascos.

Quem não viveu essa épocas, ou pensa que não viveu? E vive a de hoje. 


Também não pode dizer estou livre de tormentas!

Quiçá pudéssemos dizê-lo... 


Mas amigas(os): Sei que me impedem a garganta de pronunciar tais palavras.

Vivemos a opressão disfarçada... 


as traições sob júdice... 


o confinamento das relações... 


o desamor por parceiro ... 


e a pieguice da pena, sob o manto da bondade descabida. 

Seres Hipócritas - esses humanos... diriam os Ets se nos conhecessemos a fundo!!! 


Cruz Credo!!!

Se pudesse falar aos antepassados algumas palavras pediria-lhes apenas: 


Perdão!!!


                                  




                                              


                                       O Menino do Pijama Listrado - Livraria Cultura



      
     Pessoas a caminho dos campos de concentração.




P.S:
      
Dedico essa postagem a meus avós: 


Paul e Alice Baruch ... 


A Isidor e Bernard Baruch ... 


Aos meu tios Frederich e Edith  ... 


A Rose Baruch... 


A família Schindler ... 


Aos Siegriefid ... 


Aos Cohens ... Serruya ... 


E a meu pai... Gunther Baruch. 


(porque sem eles certamente eu não existiria hoje!)  


    
Que Deus os conceda o descanso dos justos!!! 


    
         Um dia nos reecontraremos.

............. Shallom ...  Baruch ...   Adonai .................








    Ainda que hajam dificuldades ... a vida renascerá, em nossos corações...




Postado por baruchess@gmail.com

3 comentários:

  1. E Cristo foi crucificado...

    Num campo de concentração romano...

    O mundo padeceu desde então ...

    Apregoado numa sentença de morte...

    Morte por não ter tido erros nem pecados.. Bahh ..
    Ainda que os tivesse ... Não era pra ser assim!!!

    Num campo de concentração... com uma coroa de espinhos...

    Não era pra ser assim!!! Ele nem os irmãos, nem as criancinhas, e muito menos os homens e as mulheres e as mães dessas mulheres!

    Por Maria, por Sophia, por Anne!

    Não queria que tivesse sido assim

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  2. Como isso foi permitido?!
    Um nação como a Alemanha, berço de grandes filósofos e de músicos incríveis, pessoas cultas e de um grau de discernimento invejável se deixaram levar pela loucura de um inominável maluco.
    Exterminar o povo judeu e dominar o mundo, com o objetivo de fazer a purificação da raça... Que insanidade partiu de um homem e contaminou a quase todos os arianos... Quais seriam os próximos passos se as forças do bem fossem suplantadas pelo mal, o Nazismo...
    O Diário de Anne Frank não é só um relato comovente de uma jovem que foi testemunha ocular de todas as atrocidades praticadas pelos nazistas contra seu povo, ele é a prova concreta da ilimitada crueldade que é capaz de um ser humano praticar contra seu próximo.
    Grãças a Deus que isso teve um fim e hoje serve de alerta para nos mantermos precavidos contra estes tipos de insanidades.

    Shallom, Alice, do amigo José Maria Cavalcanti
    www.bollog.com.br

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  3. Brilhante!!!

    As novas gerações deveriam ter esse tipo de aula nas escolas...

    O aprendizado do bem e do Amor - é algo que não podemos deixar de transmitir.

    Essa saga vivida pelos judeus, foi uma das bárbaries, de que jamais poderá ser esquecida pela humanidade... e me sinto envergonhada por esse capítulo na história !!

    Meu pai veio da Alemanha aos 9 anos, tendo passado pelos horrores desses momentos...teve antepassados que não conseguiram fugir...

    Isso ficou como um selo no meu DNA... por isso que deixo transcrito para quem se interessar pela história... mesmo vergonhosa.. mas deve ser dita.


    Obrigada pelo comentário...

    Ótimo Domingo....

    abçs...


    Feliz Páscoa renasceremos sempre - a cada dia!!!

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Até a próxima postagem! ABRAÇOS FRATERNOS ...

A vida segue seu fluxo ... Nada muda sem que você não permita!

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