sábado, 17 de novembro de 2012

Do que o amor é capaz? Quem poderia me explicar? Luiz Carlos Prestes e Olga Benario , Simone Beauvoir e Jean Paul Sartre, Tomaz Antonio Gonzaga e Maria Dorotéia - por que não tiveram um Final Feliz? suspirávamos tristes....



Pessoas normais ou afins em algum propósito, alguma ideologia se encontram, e percebem que não podem viver sem a outra, mesmo arriscando sua pele , sua vida, seu futuro...O que é isso?e por que a história deles não teve um final feliz? Muito pelo contrário!



                      Uma mulher adiante de seu tempo / Simone Beauvoir


Histórias como a de Luiz Carlos Prestes e Olga Benário Simone Beauvoir e Jean Paul Sartre, Tomaz Antonio Gonzaga e Maria Dorotéia


Ainda nos emociona - e faz aflorar sentimentos que não sabíamos tê-los, tal qual foi com Romeu e Julieta, que mesmo sendo ficção, foi uma das mais lindas histórias de amor que o mundo já viu, segundo alguns a história existiu de verdade.

Mas mesmo nós: Alicinha , Rita, Rogéria , Shyrlei e outras garotas que faziam o curso Normal - já sonhavamos com um grande amor, e quando nosso professor afamado de história em suas aulas, nos contava os fatos, narrando-os como quem estivesse num grande palco de show, e uma enorme platéia o assistisse , ali em nossos pensamentos bem lá no fundo entravamos na história e éramos a personagem principal....

Pena que não concretizamos aquelas histórias, em nossas vidas e, muito menos seu final feliz.





 Entrevista com Luiz Carlos Prestes- programa Jô Soares




      Luiz Carlos Prestes

         Olga Benário Prestes




                              Olga Benário Prestes sendo levada para a Polícia

Olga Benário Prestes (Munique12 de fevereiro de 1908 — Bernburg23 de abril de1942) foi uma jovem militante comunista alemã, de origem judaica, deportada para a Alemanha durante o governo de Getúlio Vargas, onde veio a ser executada pelo regime nazista em campo de extermínio. Veio para o Brasil na década de 1930, por determinação da Internacional Comunista, para apoiar o Partido Comunista do Brasil. Destacada como guarda-costa de Luís Carlos Prestes, tornou-se sua companheira, tendo com ele uma filha,Anita Leocádia Prestes.

Em março de 1936, foram capturados pela polícia. Olga é levada para a Casa de detenção, posta numa cela junto com mais de dez mulheres, muitas delas conhecidas suas. Aí, descobre estar esperando uma filha de Luís Carlos Prestes. Logo vem a ameaça de deportação para a Alemanha, sob o governo de Hitler. Seria a morte para ela: além de judia, comunista. [16] Começa na Europaum grande movimento pela libertação de Olga e Prestes, encabeçado por D. Leocádia e Lígia Prestes, respectivamente a mãe e a irmã de Luís Carlos Prestes. [17]



Simone Beauvoir e Jean Paul Sartre







                                          Simone Beauvoir e Paul Sartre



Simone Lucie-Ernestine-Marie-Bertrand de Beauvoir nasceu em Paris, em 1908. Forma-se em filosofia, em 1929, com uma tese sobre Leibniz. É nessa época que conhece o filósofo Jean-Paul Sartre, que será seu companheiro de toda a vida.
Em 1945, ela funda, com Sartre, o combativo periódico Les Temps Modernes.
Escritora e feminista, Simone de Beauvoir fez parte de um grupo de filósofos-escritores associados ao existencialismo - movimento que teria enorme influência na cultura européia de meados do século passado, com repercussões no mundo inteiro.   
Em 1949 publica O Segundo Sexo, pioneiro manifesto do feminismo, no qual propõe novas bases para o relacionamento entre mulheres e homens. Os Mandarins é de 1954; nesse mesmo ano, Beauvoir ganha o prêmio Goncourt. Ela e Sartre visitaram o Brasil entre agosto e novembro de 1960; foram também a Cuba, recebidos por Fidel Castro e Che Guevara. Sempre tiveram marcada atuação política, manifestando-se contra o governo francês por suas intervenções na Indochina e na Argélia; contra a perseguição dos judeus durante a Segunda Guerra; contra a invasão americana do Vietnã e em muitas outras ocasiões.
Logo uniu-se estreitamente ao filósofo e a seu círculo, criando entre eles uma relação polêmica e fecunda, que lhes permitiu compatibilizar suas liberdades individuais com sua vida em conjunto. Na verdade, é difícil caracterizá-los como casal, porque viveram longas relações amorosas cada um com outras pessoas; Beauvoir, por exemplo, teve uma forte relação com o escritor norte-americano Nelson Algren logo após a guerra, e na década de 1950 manteve outra relação duradoura com Claude Lanzmann. No verão, era comum Beauvoir e Lanzmann viajarem com Sartre e sua amante Michelle Vian, ex-esposa do escritor Boris VianFoi professora de filosofia até 1943 em escolas de diferentes localidades francesas, como RuãoMarselha.
Morreu de pneumonia em Paris, aos 78 anos. Encontra-se sepultada no mesmo túmulo deJean-Paul Sartre no Cemitério de Montparnasse em Paris.[26]



      Tomás Antonio Gonzaga e  Maria Dorotéia Joaquina de Seixas Brandão - que se imortabilizaram em Dirceu e Marília de Dirceu (pseudônimos).



Um dos líderes mais importantes da Inconfidência Mineira (tem gente que diz que ele era até mais importante que Tiradentes), Tomás Antônio Gonzaga foi também um dos maiores poetas brasileiros. Ele pertencia a um movimento literário chamado de Arcadismo.

Esse movimento tinha saudades de uma época passada: os poetas se sentiam como pastores (daqueles que cuidam de ovelhinhas) e sonhavam em morar na Grécia Antiga! Eles até inventavam apelidos para eles mesmos.

O Tomás, por exemplo, era Dirceu, e foi com esse nome que ele escreveu um poema de amor maravilhoso, chamado Marília de Dirceu. Na verdade, a Marília também não se chamava Marília: seu nome era Maria Doróteia Joaquina de Seixas, e ela foi o grande amor de Tomás. Mas, veja você como a vida é difícil: por causa de sua participação na Inconfidência Mineira, o Tomás foi condenado a passar 10 anos na África, enquanto a Marília - Dorotéia ficava aqui sozinha. E esse foi o fim de uma linda história de amor..  Para crítico literário Silvio Romero, foi Gonzaga, "o mais afamado poeta mineiro". No dizer de Ronald de Carvalho, "sua poesia apesar dos vícios literários que se lhe percebem, como na de todos os poetas do tempo, é simples e sem os vaidosos requintes. .Esta é a história de uma moça muito jovem, seduzida por um forasteiro português com poemas de amor numa terra onde brotava o mais puro ouro, no Brasil do século XVIII. Uma semana antes do casamento, a rainha mandou prender o poeta e seus companheiros que lutavam pela liberdade. A moça esperou para sempre a volta do seu príncipe. Bem, essa, pelo menos, é a história que sempre nos contaram.
No dia 23 de maio de 1789, Maria Doroteia Joaquina de Seixas (1767-1853) foi deixada para trás pelo noivo, Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810), preso por participação na Inconfidência Mineira, e nunca mais tornou a vê-lo. Mas será que ela se manteve fiel até o fim da vida? Antes de completar um ano de degredo, Tomás já estava casado em Moçambique com a filha de um rico comerciante. Maria Doroteia, famosa por inspirar o livro Marília de Dirceu (1792), permaneceu em Vila Rica, hoje Ouro Preto. Não se casou nem teve filhos que reconhecesse como legítimos. Mas alguns vestígios trazem revelações sobre a vida da musa da Inconfidência Mineira.
Diferentemente das esposas de outros inconfidentes deixadas para trás com filhos para criar ou bens para reclamar, Maria Doroteia ficou solteira e condenada a viver à sombra da imagem poética criada por Tomás Antônio Gonzaga. Eternamente leal ao amor cantado nos versos de Marília de Dirceu.








 A fama dos poemas do livro Marília de Dirceu se espalhava. Entre 1792 e 1810, ele foi reeditado sete vezes. A família real portuguesa já estava vivendo no Brasil havia dois anos, e a edição de Marília de Dirceu de 1810 foi a primeira a ser publicada no Brasil pela Imprensa Régia. A constante reedição do livro fazia com que a fama da personagem Marília se propagasse e muitas pessoas fossem a Vila Rica procurá-la. Queriam ver a mulher que inspirara o gênio poético de Gonzaga. Uma popularidade que talvez soasse estranha para Maria Doroteia: ser reconhecida por poemas escritos tanto tempo antes e por um amor que não se concretizara.



Frases
Simone de Beauvoir e Sartre


  1. Não se pode escrever nada com indiferença;
  2. Não se nasce mulher, torna-se;
  3. Querer-se livre é também querer livres os outros.
  4. Quando se respeita alguém não queremos forçar a sua alma sem o seu consentimento.
  5. É o desejo que cria o desejável e o projecto que lhe põe fim. 
  6. Para Sartre, nossas escolhas são direcionadas por aquilo que nos aparenta ser o bem, mais especificamente por um engajamento naquilo que aparenta ser o bem e assim tendo consciência de si mesmo. Em outras palavras, para o autor, o homem é um ser que "projeta tornar-se Deus".



Trechos de Tomas Antonio Gonzaga



As glórias que vêm tarde já vêm frias. 
Se vem depois dos males a ventura, 
Vem depois dos prazeres a desgraça.
Seus temas são de preferência domésticos. Era um tipo caseiro. Tinha o gosto do lar:
Nas noites de serão nos sentaremos 
Co'os filhos, se os tivermos, à fogueira; 
Entre as falsas histórias que contares 
Lhes contarás a minha verdadeira.

0 lirismo de Gonzaga foi muito nobre. Transparece muito mais ternura que sensualidade. A paisagem é artificial, muito européia. A influência arcádica ausentou o Brasil de sua obra. Permanece o mérito de ter sido, talvez, o poeta mais delicioso da língua portuguesa.


E, naquela sala de aula , de um curso secundários, jovens meninas/mulheres sonharam com um dia viverem uma grande história de amor ( que de preferência tivesse um final feliz).



Referências:

1- http://www.historiabrasileira.com/biografias/luis-carlos-prestes/

2- http://www.canalkids.com.br/cultura/historia/tomas.htm

3- http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/tomaz-antonio-de-gonzaga/tomas-antonio-gonzaga-php

4- http://www.revistadehistoria.com.br/secao/retrato/segredos-eternos-da-musa

5- http://pt.wikipedia.org/wiki/Simone_de_Beauvoir

6- http://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/olga-benario-prestes-parte-1

2 comentários:

  1. Já li filosofia, astrologia e outras letras que nos prometem resposta ao enigma viver, mas do que mais me lembro são das lições que vieram do ato, do convívio, do humano, dos personagens que conheci, reais ou não.

    Como se a vida fosse coisa que brota, que dá muda de si. Como se só fosse possível aprender a viver, vivendo.

    "ser um homem entre os homens é o real sentido da vida". Dostoiévski

    Crônica de Denise Fraga

    http://www1.folha.uol.com.br/colunas/denisefraga/1154969-mestres-involuntarios.shtml

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  2. Graças ao seu blog, estou aprendendo muitas coisas que eu só tinha ouvido falar. Deve dar um trabalho danado pesquisar datas e a história de cada pessoa citada em seu blog.
    Beijos, escritora amada!!!

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Até a próxima postagem! ABRAÇOS FRATERNOS ...

A vida segue seu fluxo ... Nada muda sem que você não permita!

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