quarta-feira, 13 de março de 2013

Victor Brecheret - Nacionalidade brasileira - cidadão do mundo




Monumento às Bandeiras de Victor Brecheret. Foto: Cecilia Bastos/Jornal da USP.

  Monumento às Bandeiras de Victor Brecheret. Foto: Cecilia Bastos/Jornal da USP.



O que se passa na cabeça do escultor? Que doce olhar o de ver e sentir algo, que há mais ninguém é premiado observar...

Que leves mãos, enluvam da pena, do crayon, do gis de cera, do lápis negro, e com toques de suavidade, emoldura rostos, para dalí dar vazão a formas e contornos identificados como suas?

O escultor antes de ser um artista, é um magnetizador de pessoas... creio que ele as encanta e, rouba-lhes a alma, para num gesto de lapidar dar as formas nas quais a obra se eternizará.

Na hora da criação, creio que ele, o artista, caminha para um sentido desconhecido pela grande maioria de nós, para um sentido de ausência do ser, para um "espiritualismo ardente"extraindo deles o expoente , mais exato do espírito de cada um.

Quer seja em temas religiosos, ou humanos, suas formas buscam o existencialismo do ser, e os entrega a alma imaculadamente leve.

Busca a eloquência, ante mesmo das formas... busca o concreto, antes da materialidade exata, busca a exatidão do compasso, sem nem ter segurado no mesmo... apenas utilizando o risco.

Brecheret - viveu à sua época com elegância, fina visão, entusiasmo e ousadia.(...) e sabia abrasileirar suas obras, adequando-as a nação.

Ao compor "Eva" a fez pensando que ela era a mulher da Terra - a primeira, a que era sem nunca ter sido, a que veio sem outra antes dela... Passeavam em sua mente idéias filosóficas, e ele sorria ante a visão da imagem em sua mente, fresca ainda...adormecida, em nuances, nua e divinal. Eva trazia em seu sangue o fogaréu do Planeta - o reencontro com o Deus o qual ela se retirou da presença por desfaiá-lo - é de suas criações a mais bela por excelência e devoção.

Mais além dela vieram Vitória, Ave Maria, o monumento das Bandeiras, ídolo, Fauno , depois do banho, e Eva...traduzida por ele como o Milagre da simplicidade, não sei porque, se a vejo como uma deusa clássica, e de lindas formas...




   Monumento as Bandeiras - SP - 1920


Ficheiro:Victor Brecheret - Graça 01.JPG



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Victor Brecheret (Farnese22 de fevereiro de 1894 — São Paulo17 de dezembro de 1955) foi um escultor ítalo-brasileiro, considerado um dos mais importantes do país.[1] É responsável pela introdução domodernismo na escultura brasileira. Sua figura ficou marcada pela boina que costumava vestir, ressaltando uma imagem tradicional do "artista".
Nascido "Vittorio Breheret" (sem a letra 'c' no sobrenome) numa pequena localidade não distante de Roma, filho de Augusto Breheret e Paolina Nanni, esta última falecida quando o pequeno Vittorio tinha apenas seis anos de idade. Foi abrigado pela família do tio materno, Enrico Nanni, e com sua família emigrou para o Brasil ainda na infância.
No Brasil, tornou-se "Victor Brecheret" e já com mais de trinta anos de idade recorreu à Justiça para inscrever seu registro nascimento tardiamente no Registro Civil do Jardim América (município de São Paulo). Assim Brecheret consolidava a sua nacionalidade brasileira, embora tivesse nascido na Itália. Este tipo de "regularização" era muito comum entre imigrantes italianos na primeira metade do século XX no Brasil.



Trajetória



Ainda moço frequentou as aulas de entalhe em gesso e mármore do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, onde mais tarde viria a utilizar o ateliê e seus aprendizes para moldar suas obras. Amadureceu estudando na Europa, onde entrou em contato com as vanguardas artísticas que ocorriam nas décadas de 1910 e 1920. Trabalhou com o escultor italiano Arturo Dazzi, sendo influenciado pela estética de pós-impressionistas como Ivan Meštrović, croata, e os franceses Auguste Rodin e Émile-Antoine Bourdelle.[1] Ligou-se a Emiliano Di CavalcantiMário de AndradeOswald de Andrade eMenotti del Picchia quando voltou ao Brasil e com eles participou da introdução do pensamento vanguardista no Brasil.

Anjos no túmulo da Família Scuracchio,Cemitério São Paulo

Túmulo de Olívia Guedes Penteado,Cemitério da Consolação
Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, expondo vinte esculturas no saguão e nos corredores do Teatro Municipal de São Paulo. A partir daí manteve paralelamente uma carreira na Europa e em seu país. Expôs no Salão dos Independentes de Paris e fundou a Sociedade Pró Arte Moderna.
Em 1920 ganhou um concurso internacional de maquetes para a construção de uma grande escultura em São Paulo (o futuro Monumento às Bandeiras). Em 1923 o governo do Estado de São Paulo encomendou-lhe a execução do Monumento às Bandeiras, projeto a que Brecheret viria a se dedicar nos vinte anos seguintes. O Monumento às Bandeiras foi a maior obra de Brecheret e demorou 33 anos para ser construído (1920—1953).[1]
Em 1951 foi premiado como o melhor escultor nacional na primeira Bienal de São Paulo..




Obra

Quando estudante do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, Brecheret foi essencialmente um artesão, executando obras de teor clássico e romântico.
Na Europa, iniciou uma produção similar a de pós-impressionistas. Ao entrar em contato com as vanguardas em curso naquela época no continente europeu, passou a expressar sua obra com manifestações vindas do construtivismoexpressionismo e cubismo,[1] mas nunca chegando à abstração pura. Em sua fase mais madura, Victor procurou realizar experimentos estéticos que ligavam a escultura vernacular indígena brasileira com as experiências que desenvolveu na Europa.
Em sua produção destacam-se:
  • "Ídolo" (1921)
  • "Fauno" (1942)
  • "Depois do Banho" (1945)
  • "O Índio e Sasuapara" (1951)
  • "Monumento às Bandeiras" (1953)


Obras de Brecheret em SP


01. Monumento às Bandeiras - "Parque do Ibirapuera", São Paulo.
02. Duque de Caxias - "Praça Princesa Isabel", São Paulo.
03. Fauno - "Parque Siqueira Campos", São Paulo.
04. Depois do Banho - "Largo do Arouche", São Paulo.
05. Eva - "Prefeitura de São Paulo" (Centro Cultural).
06. Graça I - "Galeria Prestes Maia", São Paulo.
07. Graça II - "Galeria Prestes Maia", São Paulo.
08. Busto de Santos Dumont - "Aeroporto de Congonhas", São Paulo.
09. Diana Caçadora - "Teatro Municipal de São Paulo".
10. Fachada e Interior do "Jockey Club de São Paulo" (Cidade Jardim).
11. Morena - Palácio do Planalto, Brasília.
12. Depois do Banho - Palácio do Planalto, Brasília.
13. Bartira - "Ministério da Educação e Cultura", Brasília.
14. Via CrucisSão Paulo e Cristo - "Capela do Hospital das Clínicas", São Paulo.
15. Palácio do Governo - "Campos do Jordão", São Paulo.
16. Palácio Bandeirantes - São Paulo.
17. Joana D'Arc - "Teatro Maria Della Costa", São Paulo.
18. Índio e a Suassuapara - "Middelheim, Anvers", Bélgica.
19. Máscara de Menotti del Picchia - "Praça Juca Mulato", São Paulo.
20. Busto de Alcântara Machado - "Academia Paulista de Letras" (Lg. do Arouche), São Paulo.
21. Busto de Brasílio Machado - "Faculdade de Direito da USP" (Lg. São Francisco), São Paulo.
22. Banho de Sol - "Palácio do Itamarati", Brasília.
23. O Grupo - "La Roche-sur-Yon",França.
24. Retrato de Santos Dumont - Sala Presidencial da Base Aérea de Brasília - DF.
25. Busto do Barão de Brasílio Machado, Salão do Juri - Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
26. Poetisa Francisca Julia, Pinacoteca do Estado de São Paulo.
27. Portadora de Perfume, Jardim Privativo do Senado da França (Jardin de la Reine), anexo ao Jardim de Luxemburgo, Paris.
28. Busto do General Sampaio, Blumenau, Santa Catarina.

Obras em Cemitérios
1. Mise au Tombeau (Sepultamento), túmulo da família Guedes Penteado, premiada no Salon d'Automne de 1923, em Paris. Cemitério da Consolação, São Paulo.
2. Anjo, túmulo da família Botti, Cemitério da Consolação, São Paulo.
3. Anjos, túmulo da família Schuracchio, Cemitério São Paulo, São Paulo.
4. Cruz, túmulo da família Julio Mesquita, Cemitério da Consolação, São Paulo.








Victor Brecheret foi um escultor ítalo-brasileiro, considerado um dos mais importantes do país. É responsável pela introdução do modernismo na escultura brasileira. Sua figura ficou marcada pela boina que costumava vestir, ressaltando uma imagem tradicional do “artista”.
“Pouco depois, Menotti del Picchia e Oswald de Andrade descobriram Brecheret no seu exílio do Palácio das Industrias. E fazíamos verdadeiras ‘rêveries’ em frente da simbólica exasperada e das estilizações decorativas do ‘gênio’. Porque Brecheret era para nós no mínimo um gênio. Era o mínimo com que podíamos nos contentar, tais os entusiasmos a que ele nos sacudia.” O depoimento do escritor Mario de Andrade nos dá uma dimensão da grandeza humana de Brecheret, um dos maiores escultores do Brasil.
Brecheret se destaca nos anos 20 e 30 como artista da Escola de Paris e nas décadas de 40 e 50 no cenário artístico de São Paulo, com monumentos públicos, funerários e decorativos de fachadas na cidade, como o “Monumento às Bandeiras”, hoje um dos símbolos da cidade.


(6)Modelos: Alice e Eva

Assim o tempo passa, e o que pode dizer que levamos dele? As lembranças do dias que passamos por ele... a nossa juventude , ou meninice e a nossa velhice, recheada de recordações....... besos......





Referências:

1-http://www.victor.brecheret.nom.br/pdf/noticias-de-brecheret.pdf

2-http://www.imagens.usp.br/?attachment_id=13151

3-http://pt.wikipedia.org/wiki/Victor_Brecheret

4-http://www.victor.brecheret.nom.br/obraspubl.htm

5-http://www.mercadoarte.com.br/artigos/artistas/victor-brecheret/victor-brecheret-vida-obras-biografia-exposicao-galeria/

6-Mérito da foto: Joaquim Dedeus Filho.

7-http://www.overmundo.com.br/banco/arte-no-parque-da-luz-sao-paulo-capital

8-http://mirandasa.wordpress.com/2010/04/09/victor-brecheret-2/

9-http://www.catalogodasartes.com.br/Lista_Obras_Biografia_Artista.asp

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Gosto muito de esculturas e Victor Brecheret é um dos conhecidos. Agora a modelo Alice daria
    origem a uma escultura muito linda!!
    Beijos, Amada!!

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