sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Luiz Fernando Verissimo - nossas diferenças...

Tu e Eu




Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça
e a sabedoria de só saber crescer
até dar pé.
Eu não sei onde quero chegar
e só sirvo para uma coisa
que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu,lipa
Eu, calipto.
Gostas de um som tempestade
roque lenha
muito heavy
Prefiro o barroco italiano
e dos alemães
o mais leve.
Es vidrada no Lobão
eu sou mais albônico.
Tu,fão.
Eu,fônico.
És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu,piniquim.
Eu,ropeu.
Gostas daquelas festas
que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais
em que sou pertinente
e, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
és uma miss, eu um místico.
Tu,multo.
Eu,carístico.
Tu e eu
És colorida,
um pouco aérea,
e só pensas em ti.
Sou meio cinzento...
algo rasteiro,
e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano 
uma sã e o outro insano.
Tu, cano.    
Eu, clidiano.
Dizes na cara
o que te vem a cabeça
com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,
escolho uma terceira 
e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano
Enquanto eu cismo.
Tu,tano.         
Eu,femismo.

(Luis Fernando Veríssimo)


Luis Fernando Verissimo (Porto Alegre26 de setembro de 1936) é um escritor brasileiro. Mais conhecido por suas crônicas e textos de humor, mais precisamente de sátiras de costumes, publicados diariamente em vários jornais brasileiros, Verissimo é também cartunista e tradutor, além de roteirista de televisão, autor de teatro e romancista bissexto. Já foi publicitário e revisor de jornal. É ainda músico, tendo tocado saxofone em alguns conjuntos. Com mais de 60 títulos publicados, é um dos mais populares escritores brasileiros contemporâneos. É filho do também escritor Érico Verissimo.1




Diante de tudo isso:

Por que temos que presenciar tantos desafetos...?
Tantas desilusões?  
Tantas falcatruas e imoralidades?
Tanta falta de ética e de humildade?
Tanto deboche e desdenho?
Tantas barbaridades principalmente com crianças?
Tanto desrespeito e falsidade entre irmãos/amigos/amantes? etc..
A humanidade precisa novamente:Recriar consciência...      
Rever padrões de humildade e lealdade; caráter melhor dizendo...
Transmutar sem vergonhismo em caráter e dignidade.
Acreditar que ainda há tempo(não muito) para se corrigir...
Chamar o outro de irmão... estender a mão! 
(Alice Yahweh Baruch)

Nenhum comentário:

Postar um comentário


Obrigada pela presença, caso queira deixe seu comentário.

Até a próxima postagem! ABRAÇOS FRATERNOS ...

A vida segue seu fluxo ... Nada muda sem que você não permita!

A vida segue seu fluxo ... Nada muda sem que você não permita!
Que lugar é esse ? One club of The chess... greast ...