sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Memórias que não se cansam - brincadeiras de infância como é bom

Como era boa a nossa infância.








Antigamente as crianças não tinham tantos brinquedos como as de hoje e, por isso, tinham que usar mais a criatividade para criá-los.


Usavam tocos de madeira, pedrinhas, legumes e palitos para fazer animais, além de brincadeiras como amarelinha, cinco Marias, bolinha de gude, cantigas de roda, passa anel, roda pião, empinar pipa, dentre várias outras e, assim, se divertiram por décadas e décadas.
Com os avanços da modernidade, a tecnologia trouxe brinquedos que não exigem a criatividade das crianças, pois elas já encontram tudo pronto.


A modernidade, afastou as crianças da pureza. 
Hoje elas querem note books,I pads , tablets, celulares, e uma centena de coisas que seus pais ficam loucos para acharem pelo menor preço, ou em parcelas que caibam no bolso… por que seus rebentos não podem se decepcionarem, ou passarem “vergonha”, diante de seus amiguinhos do play quando descerem do "apertamento", no dia seguinte ao Natal!


Lembro-me, porque eu morei no Interior da Bahia, e tive infância, que minha boneca preferida, era uma bonequinha de pano, ja esfolado… e uma outra chamada Rita Pavone. Mas embora a Rita fosse cara e grande, era a de pano que eu eu adorava.

As noites eram agradáveis, por que morávamos em frente a uma praça enorme, e podíamos brincar na rua, sob olhares dos mais velhos.. mas podíamos: pular corda, amarelinha, peteca, e as tradicionais: pera, uva ,maçã e salada mista. Essa já nos tempos de madrigais, aquele período da adolescência que aprendemos a suspirar, por um garoto da casa ao lado, ou um que vinha passar as férias na nossa cidade…


Aos finais de semana, haviam os pique-niques, e eram como se fossemos à Disneylândia para algumas pessoas. 

Ah por falar nisso, não quero fazer fofoca, mas achei o cumulo quando um casal já de meia idade que casaram-se recentemente, escolheram a Disney para o cenário de lua-de-mel...Aff.. voltando aos passeios dominicais… que coisa fantástica. 

Eram bem simples olhando-se pela ótica atual,mas pra quem tinha apenas 6 ou 7 anos, era o máximo: atravessar num barco o Rio São Francisco, e ir lanchar na ilha distante dali uma meia hora rio acima…


Passando por monstros fantásticos (piranhas) e cobras d`aguas, enormes (1,70)mais ou menos, que pra gente eram mesmo monstros marinhos, que a imaginação ampliava seu tamanho umas dez vezes mais.


Eu, embora mais nova que os outros não temia nada, e vivia no meio de garotos primos, e irmãos e tios etc.. com duas amigas inseparáveis: Sonia e Soneide… que eram minhas companheiras de aventuras.


Depois que assistiamos a missa, podiamos sair para as aventuras...desde que houvessem primos, e um tio chamado Miguel, que, embora adulto tinha o QI de 16 anos, e a vantagem de saber tudo de sobrevivência, ter um bom facãozinho, e um canivete que cortava até jacaré ao meio se aparecesse algum que quisesse enfrentar meu tio. 

E ele era bom em contar histórias de monstros submarinos (que ele lutou e venceu), ventanias, furacões, cobras de 10m, e morcegos entre outras coisas, sempre o mocinho que era o próprio vencia esses bichos perigosissimos, para o nosso espanto.

Mas se me lembro bem, ele era magro que doía, só que dizia que tinha uma fórmula que aumentava a força cem vezes, mas que não podia dar para ninguém o tal remédio porque fora presente de um cacique de 3 metros amigo dele, que morava do outro lado da ilha!!


Resgatando algumas brincadeiras antigas:

- Cinco Marias: essa brincadeira constitui em, primeiramente, procurar cinco pedrinhas que tenham tamanho aproximado ou confeccionar saquinhos e recheá-los com arroz ou areia. Primeira rodada: jogue todas as pedrinhas no chão e tire uma delas (normalmente se tira a pedrinha que está mais próxima de outra). Depois, com a mesma mão, jogue-a para o alto e pegue uma das que ficaram no chão. Faça a mesma coisa até pegar todas as pedrinhas. Segunda rodada: jogue as cinco pedrinhas no chão, depois tire uma e jogue-a para o alto, porém, desta vez, pegue duas pedrinhas de uma vez, mais a que foi jogada para o alto. Repita. Terceira rodada: cinco pedrinhas no chão, tira-se uma e joga-se para o alto pegando desta vez três pedrinhas e depois a que foi jogada. Última rodada: joga-se a pedrinha para o alto e pega-se todas as que ficaram no chão.
- Roda: em roda, cantem canções antigas e façam os gestos e representações delas. Lembramos de algumas músicas como atirei o pau no gato, ciranda-cirandinha, a linda rosa juvenil, a galinha do vizinho, a canoa virou, eu entrei na roda, cachorrinho está latindo, o meu chapéu tem três pontas, pai Francisco, pirulito que bate bate, samba lelê, se esta rua fosse minha, serra serra serrador, etc.
- Escravos de Jó: dois participantes cantam a música “escravos de jó, jogavam caxangá, tira, põe, deixa ficar, guerreiros com guerreiros fazem zigue, zigue zá”. Cada um com uma pedrinha na mão vai trocando-as e fazendo o que diz a música.
- Amarelinha: risca-se a amarelinha no chão, de 1 a 10, fazendo no último número um arco para representar o céu. Pula-se com um pé só, dentro de cada quadrado.
- Pião: um pião de madeira enrolado num barbante. Puxa-se a ponta do barbante e este sai rodopiando. A grande diversão é observar o pião rodando.
- Passar anel: os participantes ficam com as mãos juntas e um deles com um anel escondido. A pessoa que está com o anel vai passando suas mãos dentro das mãos dos outros participantes até escolher um deles e deixar o anel cair em suas mãos, sem que os outros percebam. Depois escolhe uma pessoa e pergunta-se “fulano, com quem está o anel?” e a pessoa escolhida deve acertar.
- Pula corda: duas pessoas batem a corda e outra pula. Durante a execução da brincadeira os batedores vão cantando “um dia um homem bateu na minha porta e disse assim: senhora, senhora, põe a mão no chão; senhora, senhora, pule de um pé só; senhora, senhora, dê uma rodadinha e vá pro meio da rua”. Ao final, o pulador deve sair da corda sem errar.




Referências:

1-http://www.brasilescola.com/dia-das-criancas/resgatando-brincadeiras-antigas.htm

2 comentários:

  1. Puxa, que saudades da infância! Recordo que alguns presentes ganhei, mas que fiz a maioria com os materiais que tinha à disposição.
    Meus carros eram feitos de lata de óleo e restos de madeiras. As rodinhas eram compradas na feira. Até o feixe de molas era improvisado. Como havia sempre restos de tintas, a criatividade falava mais alto.
    No fim do trabalho, dava orgulho puxar no cordão nossas invenções. No final das tardes ou pelas manhãs, lá se reunia a criançada... Cada qual queria exibir seu brinquedo, mas o que mais atraía a curiosidade era os que saíam do fundo do quintal.
    Tomar banho de rio e jogar bola era quase uma rotina diária. Subir em árvores e brincar de caubói era muito divertido também.
    Quando havia alguns trocados, isso era destinado para o aluguel de bicicletas. Naquela época era ter uma bike era um luxo, por isso o aluguel era a saída.
    As bicicletas eram velhinhas, algumas até sem freio, por isso era barato alugar uma magrela.
    Não posso reclamar da minha infância.
    Foi tudo muito divertido.
    Belo poste, Alicinha, parabéns!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obgadu pelo comentário...Amigo José...
      Os tempos da inocência deveriam ter maior duração para todos... Pena que algumas crianças não desfrutam desses tempos.. Namastê..

      Excluir


Obrigada pela presença, caso queira deixe seu comentário.

Até a próxima postagem! ABRAÇOS FRATERNOS ...

A vida segue seu fluxo ... Nada muda sem que você não permita!

A vida segue seu fluxo ... Nada muda sem que você não permita!
Que lugar é esse ? One club of The chess... greast ...