domingo, 20 de janeiro de 2013

O campo da subjetividade-"Uma vida não basta ser vivida. Ela precisa ser sonhada." O outono toca realejo; no pátio da minha vida...Grande poeta:Mario Quintana

                                                   Segunda parte:
       
                  Sociologia acadêmica e Alice



"Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade."

( Mario Quintana )





 E, o professor interpelava-nos com um olhar inquisidor, chamando - nos a discussão filosófica. 


Me senti, novamente como anteriormente era, no Pré-Vestibular (insegura), mas mesmo assim, levantei-me, e aceitei o desafio das proposições, sabia que meu embasamento , era insuficiente, para travar qualquer discussão mais acirrada, (porém queria fazer valer meu ponto de vista), inquietou-me aquele olhar, como a me desafiar, e me senti, como sentada em frente a um grande tabuleiro de xadrez, com aquele exército, querendo subjulgar-me, e coloquei minhas idéias, para aquilo a que escrevera no quadro de giz. 


De tão simples , a felicidade nos assusta... nos intriga, e faz-nos pensar que certas vezes, não a merecemos... seja por descrença, ou por termos nos acostumados, ao peso da vida, à carga demasiada de tarefas e obrigações, quando a dita felicidade nos procura, estamos demasiadamente ocupados para atendê-la, e a deixamos ir embora, ficando com nossas atribulações desconfortáveis, e, que nos envelhece, pouco a pouco...


Vivemos então na subjetividade de nós mesmos.


Excelentíssimos doutores, dizia ele, e eu sentia uma ponta de sarcasmo, nessas palavras; Porque temos sob o mais profundo recôndito, a nossa subjetividade, e o que ela é, a bem da verdade?


Como ele havia, na aula anterior, há uma semana atrás deixada o título dessa próxima, consegui pesquisar, e trouxe um discurso mais ou menos assim, bem caro Mestre: disse-lhe:


*Subjetividade - É entendida como o espaço íntimo do indivíduo (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o mundo social (mundo externo), resultando tanto em marcas singulares na formação do indivíduo quanto na construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que vão constituir a experiência histórica e coletiva[1] dos grupos e populações. 


Através da nossa subjetividade construímos um espaço relacional, ou seja, nos relacionamos com o "outro". Este relacionamento nos insere dentro de esferas de representação social em que cada sujeito ocupa seu papel de agente dentro da sociedade.


Este relacionamento nos insere dentro de esferas de representação social em que cada sujeito ocupa seu papel de agente dentro da sociedade. Estes sujeitos desempenham papeis diferentes de acordo com o ambiente e a situação em que se encontram,o que segundo Goffmam pode ser interpretado como ações de atores sociais. Somente a subjetividade contempla ,coordena e conhece estas diversas facetas que compõem o indivíduo.


O campo da subjetividade mantém uma relação complementar com o mundo exterior, o qual se define por ser partilhado com outras pessoas.

Sobre o mundo objetivo, supõe-se que ele seja algo como a soma dos fatos, sendo significado de “fato” que um enunciado sobre a existência de determinado estado de coisas “possa” ser visto como verdadeiro. 

E supõe-se como mundo social a soma de todas as relações interpessoais, reconhecidas como legítimas pelos envolvidos. 



A subjetividade é o mundo interno de todo e qualquer ser humano. Este mundo interno é composto por emoções, sentimentos e pensamentos.

Na teoria do conhecimento, a subjetividade é o conjunto de ideias, significados e emoções que, por serem baseados no ponto de vista do sujeito, são influenciados por seus interesses e desejos particulares. Tem como oposto a objetividade, que se baseia em um ponto de vista intersubjetivo, isto é, que pode ser verificável por diferentes sujeitos.


Subjetividade é algo que muda de acordo com cada pessoa, por exemplo, gosto pessoal, cada um possui o seu, portanto é algo subjetivo. O tema subjetividade varia de acordo com os sentimentos e hábitos de cada um, é uma reação e opinião inidividual, não é passivo de discussão, uma vez que cada um dá valor para uma coisa específica.


Mesmo levando em conta que os falantes de uma determinada cultura têm por horizonte o universo linguístico no qual se movem, e dentro do qual formam sua imagem de mundo, ainda assim, para Habermas, um enunciado verdadeiro não deixa de ser verdadeiro por pertencer a esta ou aquela cultura, então, eles possuem pretensão universal.

(..) os argumentos de Winch são muito fracos para firmar a tese de que a toda forma de vida cultural seja inerente um conceito incomparável de racionalidade. 
Mas sua estratégia argumentativa é forte o suficiente para, diante da pretensão de universalidade que ganha expressão na compreensão de mundo moderna, distingui-la de uma auto-exegese acrítica da modernidade, fixada sobre o conhecimento e disponibilização da natureza externa. (p. 132).

Excelente! disse ele- sente-se minha jovem...e enrusbeci, achando que iria receber louvores, a inquietude é que nos ronda... somos por natureza seres inquietos. Reflitam : Porque estão aqui? nesse momento...se não fosse a inquietude de cada um, estaríeis afogando os desgostos e remorsos como esse personagem de Mario Quintana, e pos-se a ler esse verso.




"Olho em redor do bar em que escrevo estas linhas.
Aquele homem ali no balcão, caninha após caninha,
nem desconfia que se acha conosco desde o início
das eras. Pensa que está somente afogando problemas
dele, João Silva... Ele está é bebendo a milenar
inquietação do mundo!"
  



E o fim da aula se fazia cobrir suas palavras. Alguns levantaram-se rapidamente, pois teriam outros períodos, a assistir, e mais disciplinas, como é a vida de quem senta naqueles bancos...


Outros calmamente guardavam seus cadernos, e olhando-nos, ele disse:


"Uma vida não basta ser vivida. Ela precisa ser sonhada."


      Poeminho do Contra

          Todos esses que aí estão
          Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!

(Prosa e Verso, 1978)



Referências


1-http://algumafilosofia.wordpress.com/


2-http://pt.wikipedia.org/wiki/Subjetividade

3-http://www.significados.com.br/subjetividade/

4-http://www.releituras.com/mquintana_bio.asp


5-http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/cancao-de-outono-mario-quintana/




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A vida segue seu fluxo ... Nada muda sem que você não permita!

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