Divagações poéticas: Alma em preto e branco, um barco à deriva, um gato no meu telhado.

1- A minha alma é preta e branca


A minha alma é preto e branca...

Um dia sou risos.... outro choro!

Um dia me aproximo... no outro me afasto...



Sou assim....

Um dia amo a chuva, no outro o sol...

Sou camaleoa...me adequo...me adapto...


Sou nuvem passageira...

Sou raio de sol ...

Oceano e rio... depende da companhia


Quem me segue... não me conhece...

Quem me conhece ... não me segue

Meu coração não está a venda, nem é dado conhecer...


Para entendê-lo...

Só apostando na alegria...e,

se mostrando como uma criança... leve... livre e solta!!

2-  Sou um barco à deriva...

  

Se me amas ... me aceitas...

Não precisamos de máscaras ... nem fórmulas mirabolantes

Temos o essencial (a plenitude de amar)...

Não consigo pensar diferente...



Não sou de semear espinhos...

E, nem quero pisar por sobre nuvens...

Quero o nascer do dia...

Mansinho... sem fazer barulho... a me acordar...

Quero balbuciar cântigas...



E, sonatas a beira-mar...

Quero ver o condor...

As corujas... o por do sol... a murmurar


Despertar os girassóis....

Aqueles que tem a cor do seu cabelo....

E, flutuar por entre os anzóis que encontrar...





3- Tem um gato, em cima do meu telhado

Hoje achei um gato...

que subiu no meu telhado...

magro, e mau humorado...


Está por lá, cambaleante e bêbado...

acho que foi envenenado

olhou pra mim e miou... hum que horror...


dei-lhe leite morno, e o aqueci...

ele ainda está por lá...

não o quero pra mim....



Gatos e cães adultos são um terror...

eu disse isso a ele...

mas ele nem se importou...

e, ainda continua lá!.



                                                                           Autoria: Alice Baruch



Referências:


1- http://fotosempretoebranco.tumblr.com/





     ''Me desfaço do que pesa no peito. Me esqueço do que arranha a alma. 
       Me despeço do que não é inteiro, deixo de lado o que aborrece e o que não me merece, não me faz falta. 
      Sou essa colcha de retalhos, feita de pequenos pedaços do que realmente importa.''      Doce Estações