segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Luis Pondé-“quanto mais temos consciência de nossa insuficiência, mais vemos a grandeza de Deus. - "A vida segundo a graça descentra você e lhe prepara para perceber que só amando você é livre do medo."/ Roger Haight - “Deus não age no sistema como causa finita porque Deus é infinito. Deus age no Universo como causa infinita para controlar o todo do sistema, e o sistema como um todo, no ser e no mover do Universo”.


Pecado: conceito que fala do nada moral que somos


"O tema religioso não é trabalhado bem no cinema mais comum por conta do preconceito e da teologia terem se transformado em tecnologia de autoestima", afirma Luiz Felipe Pondé

Por: Graziela Wolfart


"Só o pecador sincero vê a graça", reflete Pondé
“Deus prefere David a todos os heróis do Antigo Testamento, porque David nunca mente sobre si mesmo e seus pecados. Só o pecador sincero vê a graça”, afirma Luiz Felipe Pondé. Em seu ponto de vista, “quanto mais temos consciência de nossa insuficiência, mais vemos a grandeza de Deus. O erro foi isso ter virado dolorismo porque abriu espaço para a teologia da autoestima, versão barata da teologia da libertação. Quanto mais nos vemos próximos de Deus, mais ele está longe de nós. O segredo da infelicidade é nos espantar com nossa ignorância com as fórmulas da felicidade”. E, ao comparar os cineastas Lars von Trier e Terence Malick, o professor da PUC-SP sentencia: “von Trier é quase um gnóstico, sua resposta à teodiceia é negativa, sua mística é da agonia. A mística de Malick é a da graça como oposição à natureza. A primeira é generosa, a segunda autocentrada”. 
Luiz Felipe Pondé leciona na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP e na Universidade Federal de São Paulo – Unifesp, entre outras instituições. Graduado em Medicina, pela Universidade Federal da Bahia, e em Filosofia Pura, pela USP, é mestre em História da Filosofia Contemporânea e em Filosofia Contemporânea, respectivamente pela USP e pela Université de Paris VIII, França. Doutor em Filosofia Moderna pela USP e pós-doutor pela Universidade de Tel Aviv, Israel, escreveu O homem insuficiente (São Paulo: Edusp, 2001); Crítica e profecia. Filosofia da religião em Dostoievski (São Paulo: Editora 34, 2003); Conhecimento na desgraça. Ensaio de epistemologia pascaliana (São Paulo: Edusp, 2004); e Do pensamento no deserto: ensaios de filosofia, teologia e literatura (São Paulo: Edusp, 2009).Ler a íntegra da entrevista com Pondé no site abaixo.

Referência:

1-http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4833&secao=412

2-http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4746&secao=407 -
Entrevista com Roger Haight,



Deus não intervém no Universo, mas sustenta o sistema, que tem vida própria

Temerosa de um mundo em constante mudança, a instituição milenar está transitando em um paradigma equivocado, assinala o teólogo Roger Haight. Deus está “dentro” da História, e não intervém no sistema finito porque Ele é infinito

Por: Márcia Junges, Luís Carlos Dalla Rosa e Isaque Gomes Correa | Tradução: Sílvia Ferabolli

Nas décadas de 1960 e 1970 a Igreja Católica ganhava novos ares na esteira do Concílio Vaticano II e passava a dialogar mais com o mundo. Veio, então, o papado de João Paulo II, e com ele o medo de onde isso poderia levar essa instituição milenar, pondera o teólogo jesuíta Roger Haight, na entrevista que concedeu pessoalmente à IHU On-Line. “Todos estão familiarizados com a ideia de que a Igreja Católica é uma instituição que não muda. Essa é a sua reputação mundo afora e em Roma há bastante orgulho disso”, acrescentou. Contudo, o mundo de hoje é totalmente diferente e a mudança em si mesma é o que rege seus acontecimentos. A Igreja, por sua vez, “caminha junto ao paradigma errado”, e aspira por uma posição estável, como se a mudança fosse ruim. “A Igreja está tão fora de contato com a realidade que ela nem ao menos tem um paradigma básico, uma visão da realidade que esteja em contato com o que restante do mundo pensa”. Assim, pode-se compreender que não haja um interesse verdadeiro no diálogo inter-religioso, mas sim numa ideia de conversão. “A Igreja Católica romana não está aberta nem ao menos para os movimentos ecumênicos. No segundo Concílio essa ideia foi mencionada, mas nunca saiu do papel, nunca houve um movimento real por parte da Igreja Católica romana para fazer avançar o movimento ecumênico”.

Recuperando ideias panenteístas, Haight acentua que não há intervenção divina no sistema do mundo: “Deus não intervém, mas segura/sustenta a estrutura que tem vida própria, sujeita a leis e eventos aleatórios que criam movimento”. E explica: “Deus não age no sistema como causa finita porque Deus é infinito. Deus age no Universo como causa infinita para controlar o todo do sistema, e o sistema como um todo, no ser e no mover do Universo”.



besos...



3 comentários:

  1. (...)ainda que com sofrimento, a vida é permeada pela beleza e pelos afetos construtivos como o amor – a vida .L.F.Pondé

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  2. Para ler mais Pondé:

    http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/1165459-uma-vida-para-doentes-mentais.shtml

    Abçs ...

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  3. Gostei muito da foto, de uma delicadeza sensacional e a música divina. Quanto a Deus ou você acredita ou você é ateu, quanto o que a igreja pensa, eu discordo um pouco, principalmente alguns regras da igreja. Acho que está na hora da igreja se modernizar e começar a aceitar algumas coisas que hoje a igreja não permite (por ex. a mulher não poder ser uma sacerdotisa).
    Beijos...

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A vida segue seu fluxo ... Nada muda sem que você não permita!

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